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Bambuzal do entorno do Aeroporto de Salvador começa a ser revitalizado

Aeroporto Salvador Bahia Airport
Aeroporto de Salvador – Imagem: ME/Portal da Copa / CC BY 3.0 BR , via Wikimedia Commons

Após diversas denúncias da imprensa, um dos principais cartões-postais da capital baiana Salvador, o bambuzal que fica localizado em uma das laterais nas vias de acesso do Aeroporto Internacional Dep. Luís Eduardo Magalhães, passará por um processo de recuperação e revitalização.

Segundo a Prefeitura de Salvador, o tradicional bambuzal, que completa seu centenário, receberá ações de manejo físico e ambiental. A Prefeitura, através da Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman), deu início à execução de diversas ações que visam preservar a área, que é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como área de proteção cultural e paisagística da cidade.

A área que contempla os bambus possui 61 mil m² e o corredor que leva até o aeroporto, a Avenida Tenente Frederico Gustavo dos Santos, possui 1,5 km de extensão. De acordo com a Seman, foram contabilizados em toda a área 50 mil hastes de diversas espécies de bambuzal.

Imagem: Google Earth
Imagem: Google Earth

Intervenções

O conjunto de ações envolve a roçagem com retirada de palhas e folhas, a fim de evitar a proliferação de fungos e até mesmo a incidência de incêndios em dias secos; a retirada de hastes demasiadamente altas, para evitar possíveis tombamentos, e de vegetais velhos e cecos; a limpeza da vala de contenção que passa no meio do bambuzal; e ainda a marcação dos brotos para que o desenvolvimento possa ser acompanhado ao longo dos anos.

Dentre as ações, o projeto de preservação prevê também a manutenção das raízes e a adubação feita com nitrogênio, fósforo e potássio, além de esterco curtido para melhorar a qualidade do substrato onde estão fincados os bambus. Essa adubação também passará a ser realizada na área anualmente, pelo município. Todas estas intervenções deverão durar seis meses e estão avaliadas em torno de R$ 900 mil.

Legado natural

Com base nos estudos realizados pelos profissionais da pasta, serão executadas ações preventivas para manter os vegetais em boas condições, além de evitar possíveis transtornos aos transeuntes.

Está atuando no local uma equipe multidisciplinar composta por engenheiros agrônomos e ambientais, além de biólogos. A execução das ações de manejo físico e ambiental do bambuzal teve início no dia 10 de abril.

O titular da Seman, Luciano Sandes, lembrou que o bambuzal faz parte da história da cidade e que conservá-lo integra as diretrizes municipais voltadas à preservação do legado natural da capital baiana. “A ideia é preservar as características físicas e ambientais e manter esse aspecto cênico da entrada do aeroporto que é um patrimônio cultural de Salvador”, reforçou o secretário.

Estudos preliminares

Com o envelhecimento clínico e fisiológico do bambuzal, a área apresenta muita queda de hastes e folhas e a morte de diversas touceiras. A análise dos especialistas da Seman avaliou o estado de solidez e estabilidade das espécies, como a inclinação das hastes, extensão dos caules, presença de necroses e ainda acometimento de pragas, a exemplo de cupim e fungos.

Algumas hastes, por exemplo, apresentam sobrepeso em razão da altura demasiada, causando instabilidade estrutural e eventual risco de tombamento. A altura também é propícia a deixar o solo úmido, contribuindo na proliferação de fungos. Já o excesso de folhas pode desencadear incêndios caso entre em contato com algum estopim, como bagas de cigarro.

Informações da Prefeitura de Salvador

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