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Bloco Carioca: Galeão e Santos Dumont serão leiloados juntos em 2023

Com a saída da Changi de Singapura da concessão do Aeroporto do Galeão, ele deverá ser relicitado junto com o Santos Dumont. O certame de ambos ficou para 2023, anunciou o Ministério da Infraestrutura.

Foto: GOL – Cássio Vasconcellos

A medida foi anunciada pelo Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, horas depois da Changi de Singapura informar que iria deixar a concessão do Aeroporto Internacional do Galeão.

A Changi assumiu o Aeroporto do Galeão em 2014 juntamente da Odebrechet, visando atender a um tráfego estimado erroneamente, que supervalorizou o aeroporto. A situação se deteriorou com o envolvimento da sua parceira em esquemas de corrupção, que a forçaram a sair do negócio em 2017, deixando a Changi com 51% do aeroporto e a Infraero com o restante.

De lá para cá, a situação econômica no país passou por altos e baixos, mas o Rio de Janeiro tem mostrado números abaixo dos esperados pelo setor do turismo local, mesmo antes da pandemia. Muitas empresas internacionais retiraram seus voos e outras diminuíram as frequências. Por sua vez, muito do tráfego doméstico permaneceu centralizado no Santos Dumont, deixando o aeroporto internacional ainda mais ocioso. Veio a pandemia e a situação ficou ainda pior.

Nesse meio-tempo, a possível devolução do Galeão junto da concessão do Santos Dumont virou briga política no Rio de Janeiro, com vários movimentos se colocando a favor da limitação do aeroporto central para favorecer o Galeão. No entanto, a gota d’água para a Changi veio após a decisão da ANAC de não conceder a renegociação pleiteada, tornando o negócio inviável para a empresa de Cingapura.

Como resultado, veio a “devolução” do aeroporto do Governo Federal, formalizada nesta quinta-feira (10).

Ainda na noite de hoje, sem deixar a bola cair, o ministro da infraestrutura, Tarcísio Freitas correu para apresentar uma proposta que agrada a “gregos e troianos”, com uma concessão conjunta dos aeroportos no leilão que será feito em 2023.

A concessionária que arrematar o chamado Bloco Carioca, terá que administrar e investir nos dois aeroportos. Os detalhes serão informados futuramente e a maior atenção será sobre a possibilidade de limitação de operação em um ou outro aeroporto, seja por contrato ou por vontade da concessionária.

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