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Um problema de pressurização num antigo Boeing 727 da Total Linhas Aéreas fez com que um voo cargueiro fosse desviado. Esse é o sexto incidente envolvendo a mesma aeronave, desde 2013.
Segundo informações do CENIPA, o jato da Total de matrícula PR-TTO, um dos dois únicos Boeings 727 operacionais no Brasil, sendo que o outro também pertence à mesma companhia, passou por problemas de pressurização no último dia 5 de fevereiro.
O jato cumpria um voo de São Paulo a Porto Alegre e, durante a subida, a tripulação identificou que a altitude de cabine estava subindo ao mesmo tempo da altitude da aeronave.
A altitude de cabine é uma medida para saber em que ponto está a pressurização da aeronave. Um exemplo é que um avião voando a 30 mil pés tem sua altitude de cabine muito inferior, em 8 mil pés, por exemplo. Isto significa que dentro da aeronave as condições de pressão e oxigênio são iguais às que teria uma aeronave despressurizada a 8 mil pés. Nessa altitude mais baixa, ainda é possível respirar sem ajuda de aparelhos e não é nocivo ao ser humano.
Caso após um certo ponto da subida os indicadores de altitude e altitude de cabine estejam iguais, indica que a aeronave não está sendo pressurizada ou não foi pressurizada normalmente.
Neste caso, é necessário seguir o manual da aeronave para tentar corrigir a situação, como ativar a pressurização manual e/ou descer para uma altitude mais baixa e segura. No caso da Total, a tripulação seguiu os checklists e optou para pousar em Florianópolis, aeroporto mais próximo de onde a aeronave se encontrava.
O pouso foi efetuado sem problemas e a aeronave voou no dia seguinte, segundo dados do FlightRadar24. No CENIPA, há outros cinco incidentes registrados para o PR-TTO, mas nenhum deles teve relação com a pressurização da cabine. O trijato foi fabricado em 1976.
