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Boeing 737 MAX da Alaska Airlines perdeu o painel horas antes de uma manutenção não-programada

Boeing 737 MAX 9 envolvido no incidente

Em janeiro, num voo regular de Portland para Ontário, um Boeing 737 MAX 9 operado pela Alaska Airlines passou por uma emergência durante o voo quando um tampão se soltou inesperadamente a 16 mil pés de altitude. O acidente (assim classificado pelo NTSB) ficou célebre e, cada vez mais, novas informações chegam sobre ele.

Soube-se, por exemplo, que o caso ocorreu poucas horas antes de uma inspeção programada destinada a resolver problemas previamente observados no sistema de pressurização do avião.

Isso porque o avião apresentou sinais de alerta relacionados ao seu sistema de pressurização nos dias anteriores ao acidente e um mês antes. Apesar destes avisos, foi tomada a decisão de prosseguir com o voo, com restrições impostas às viagens sobre a água, até que uma revisão completa pudesse ser realizada.

Investigações em andamento

O caso desencadeou múltiplas investigações por parte do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) e da Administração Federal de Aviação (FAA), e até levou a uma investigação criminal por parte do Departamento de Justiça dos EUA, focada no controle de qualidade da Boeing e na manutenção programada da Alaska Airlines, conforme detalha o Aviacionline.

A Alaska Airlines afirmou que seu plano e cronograma de manutenção de aeronaves seguem rigorosamente todos os processos e procedimentos estabelecidos, garantindo que nenhuma aeronave precise ser retirada de serviço por problemas de manutenção que não o exijam.

Isso ocorre depois que foram levantadas preocupações sobre as luzes de alerta de pressurização e a maçaneta rígida da porta, programada para uma verificação de segurança de rotina. O porta-voz da companhia aérea esclareceu ao Seattle Times que tal trabalho de manutenção, embora necessário, não indicava uma preocupação crítica de segurança que exigiria o aterramento do avião.

Numa explicação detalhada ao The New York Times, Donald Wright, vice-presidente de Manutenção e Engenharia, revelou que os sinais de alerta em questão foram ativados duas vezes nos últimos dez dias, o que levou a uma revisão, mas não atingiu o limiar para uma ação mais drástica, a menos que tenham sido ativados três vezes em um período semelhante.

Max Tidwell, vice-presidente de Segurança e Proteção, também expressou confiança no processo de tomada de decisão, afirmando que depois de analisar todos os dados e indicadores antecedentes, não havia razão convincente para alterar a abordagem de manutenção atual, sublinhando o compromisso da companhia aérea com a segurança sem reagir exageradamente aos sinalizadores de manutenção padrão.

Em resposta ao caso, a Alaska Airlines enfatizou a confiança em seus protocolos de manutenção e segurança, ao mesmo tempo em que cooperou totalmente com a investigação em andamento do NTSB. O incidente destacou a importância de cronogramas de manutenção rigorosos e levantou questões sobre a supervisão e segurança da série 737 MAX da Boeing.

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