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Boeing 737 MAX da Gol acerta pássaro na decolagem e acaba com tubo de pitot estragado

Um Boeing 737 MAX da Gol Linhas Aéreas teve o tubo de pitot direito danificado no último dia 11 de maio, após colidir com uma ave durante a decolagem em Maceió. O caso foi registrado como incidente na base de dados do Cenipa.

Segundo informações do órgão da Força Aérea Brasileira, a aeronave de matrícula PR-XMV realizaria o voo G3-1999 para Brasília. No entanto, o avião teve que retornar porque, durante a corrida de decolagem, acertou a ave. Como já havia ultrapassado a V1, a velocidade limite para uma parada segura em caso de decolagem abortada, os pilotos prosseguiram com a decolagem.

Como o pássaro atingiu a parte frontal da aeronave e os motores seguiram funcionando normalmente, não houve qualquer risco para a segurança do voo. Ato contínuo, a tripulação técnica subiu até 5 mil pés de altitude, antes de retornar à capital alagoana 25 minutos após a decolagem.

Como descreve a ANAC, o tubo de pitot é um dispositivo cilíndrico com uma extremidade aberta que é apontada contra o fluxo (isto é, de modo que o ar vá de encontro ao instrumento aprovado, ou seja, de frente), que ajuda a medir a velocidade da aeronave, por exemplo. No caso do incidente do avião da Gol, não há informação se o estrago causado pelo bird strike levou a alguma variação da velocidade mostrada nos instrumentos, mas, pelos dados disponíveis, presume-se que não.

A imagem abaixo, da plataforma de rastreamento de voos Radarbox mostra o trajeto do jato após a decolagem de Maceió. Segundo o histórico de voos da aeronave, ela foi recolocada na malha da Gol no dia seguinte, quando fez um voo até Brasília.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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