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Boeing 747 da KLM teve problema hidráulico após a decolagem de Campinas

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No dia 1º de junho, reportamos sobre um Jumbo cargueiro da KLM que precisou retornar a Campinas com problemas técnicos pouco depois de haver decolado. Novas informações dão conta de que o Boeing 747-400 sofreu um problema hidráulico.

Avião Boeing 747-400F KLM

A aeronave, de matrícula PH-CKB, tem as cores da KLM Cargo, mas era operada pela Martinair, outra empresa do grupo. Às 9h45 locais, o Boeing 747-400 decolou de Viracopos para cumprir o voo de número MPH7762 com destino a Lima, no Peru, com três tripulantes a bordo.

Após atingir a altitude de 19 mil pés (~6.500 metros), os pilotos declararam ao controlador de tráfego aéreo que tinham um problema a bordo e que precisariam retornar. Cerca de meia hora após a partida, fizeram meia volta e começaram a voar novamente na proa de Campinas, porém fazendo órbitas de espera no meio do caminho enquanto o 747 alijava combustível para reduzir o peso para o pouso.

Após duas horas de voo e várias órbitas sobre o interior paulista, a aeronave retornou para um pouso seguro na pista 33 de Viracopos.

Imagem do FlightRadar24 mostra a aeronave retornando a Campinas
Aeronave alijando combustível sobre o interior paulista

Problema hidráulico

A atualização sobre o incidente foi publicada pelo The Aviation Herald nesta terça-feira (9). Segundo o portal, quando o Boeing 747-400 atingiu 19.000 pés, a tripulação recebeu do computador de bordo um aviso de avaria nos flaps.

Para assegurar de que se tratava de um problema real, eles reduziram a velocidade e fizeram um teste segundo o manual da aeronave. Ao constatarem que, após o teste, o computador voltou a indicar o problema, não havia outra alternativa senão desviar o voo para o aeroporto mais próximo.

Segundo o AvHerald, os pilotos ainda declararam emergência antes da aterrissagem já que pousariam acima da velocidade padrão. O pouso teria ocorrido a uma velocidade de 190 nós – a velocidade típica de pouso gira em torno de 135 a 155 nós para essa aeronave, dependendo das condições do aeroporto e da aeronave.

Após a aterrissagem, o avião ainda permaneceu por algum tempo numa taxiway antes de seguir até o pátio do aeroporto, por conta de um elevado aquecimento dos freios, bastante requisitados em função do pouso em alta velocidade.

Depois disso, a aeronave ficou no solo de Campinas por 45 horas, em manutenção, antes de prosseguir seu voo à Lima, no Peru.

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Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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