Boeing 747 sofre danos, mas eles só são descobertos em uma inspeção após o voo

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Avião Singapore Airlines Cargo Boeing 747-400F
Boeing 747-400F – Imagem: Domínio Público (CC0)

Sem que os pilotos notassem qualquer situação incomum em voo, danos foram descobertos em um Boeing 747 durante uma inspeção de solo, e a origem do problema segue incerta até o momento.

Segundo reporte do portal The Aviation Herald, o fato ocorreu na última sexta-feira, 26 de fevereiro, com o Boeing 747-400F registrado sob a matrícula 9V-SFO, operado pela divisão cargueira da empresa aérea asiática Singapore Airlines.

O Jumbo realizou o voo de número SQ-7951 de Dallas Ft. Worth, nos Estados Unidos, para Bruxelas, na Bélgica, tendo partido da pista 36R de Dallas e completado um voo aparentemente sem intercorrências até o pouso na pista 25R de Bruxelas.

O voo do Jumbo entre Dallas e Bruzelas – Imagem: FlightRadar24

O deslocamento de solo após o pouso – Imagem: FlightRadar24

O grande jato desocupou a pista pela saída de alta velocidade A6 e taxiou até o pátio, sem que os pilotos notassem qualquer anormalidade.

Porém, segundo informações obtidas pelo AvHerald, uma inspeção pós-voo revelou que uma das portas do compartimento do trem de pouso direito havia sido penetrada, no entanto, até o momento sem informações verificáveis ​​sobre a causa do dano.

Imagem: AvHerald

Imagem: AvHerald

Uma primeira informação sugere que pedras teriam caído de um caminhão usado para trabalhos em andamento no aeroporto de Bruxelas quando o mesmo cruzou a pista, e teriam sido jogadas para cima pelas rodas da aeronave.

Nem em Dallas nem em Bruxelas, nenhum indício de excursão de pista ou de taxiway é notável de acordo com os dados ADS-B transmitidos pela aeronave.

Também não há NOTAMs (informativos aos pilotos) de Bruxelas sobre qualquer anormalidade na pista de taxiamento A6 ou na pista 07L/25R.

Dados do FlightRadar24 no momento da publicação desta matéria mostram que, mesmo em meio ao aquecido mercado de cargas, o Boeing 747 cargueiro permanece no solo em Bruxelas cerca de 2 dias após o pouso, possivelmente passando inspeções e reparos.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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