Boeing 747 volta a Amsterdã após empresa avisar que precisava de reparos

Uma ocorrência curiosa aconteceu em Amsterdã nesse último domingo, 5 de abril, com um Boeing 747 que precisou retornar ao aeroporto de partida.

Avião Boeing 747-400F Polar Air Cargo
O N416MC quando ainda usava as cores da Polar/DHL – Imagem: Tomás Del Coro [CC]

A aeronave envolvida no caso foi o Boeing 747-400F registrado sob a matrícula N416MC, da companhia aérea norte-americana Atlas Air. O Jumbo estava executando o voo de número 5Y-8878 de Amsterdã (Holanda) para Riga (Letônia), mas precisou retornar após 20 minutos da decolagem, conforme mostram os dados do FlightRadar24:

FlightRadar24 Voo Atlas Air 747 Amsterdã Problema Motor
O voo deste domingo do Boeing 747 – Imagem: FlightRadar24

O Jumbo havia partido da pista 24 de Amsterdã mantendo comunicação de rotina com os controladores de voo, e subido para o nível FL390 até os pilotos informarem sobre a decisão de retorno. Até aí, tudo normal, já que problemas técnicos ocorrerem diariamente com diversas aeronaves.

Mas o que causa certa estranheza nessa ocorrência é o motivo pelo qual a tripulação disse ao controle de voo (ATC) que precisava retornar.

Segundo informa o The Aviation Herald, o despacho da empresa havia solicitado que o 747 retornasse a Amsterdã porque “aparentemente eles queriam consertar um motor que provavelmente havia sido atingido por pássaros”.

Teria a aeronave sido liberada de forma inapropriada para voo diante de um dano previamente conhecido por impacto com pássaros? Ou a empresa teria recebido dados em tempo real, enviados automaticamente pela aeronave, indicando algo errado ocorrido após a decolagem do voo? Os pilotos não tinham parâmetros irregulares indicados em seus instrumentos até o contato do despacho?

A aeronave, que vinha fazendo cerca de dois a três voos por dia ao longo da última semana, permanece em solo até esta segunda-feira (06), após ter aterrissado no domingo na pista 18R de Amsterdã cerca de 45 minutos após a partida.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

Veja outras histórias

Justiça diz que Latam não tem culpa se o Hurb não...

0
O Colegiado verificou que a Hurb não solicitou a emissão de bilhetes para a LATAM, tampouco efetuou o repasse do valor do transporte aéreo.