Boeing 787 inicia o táxi pelo aeroporto antes da hora e acaba batendo em caminhão do aeroporto

Autoridades de aviação holandesas constataram que a tripulação de um Boeing 787-9 da AeroMexico taxiou com a aeronave sem realizar a lista de verificação adequadamente, resultando no abalroamento do trator de pushback logo à frente. O incidente foi registrado no dia 11 de junho de 2022, no Aeroporto Internacional de Schiphol, em Amsterdã.

Segundo os investigadores, o avião começou a taxiar antes que o carro que empurra a aeronave para trás tivesse se desprendido e se distanciado. Como resultado, o Boeing avançou sobre o veículo de solo e o danificou.

A tripulação do avião estacionado no portão “F3” havia recebido autorização para ligar os motores e iniciar o pushback. Após completar a manobra e chegar à taxiway A, os pilotos pararam o avião e notificaram o motorista para desconectar o trator. O motorista foi então remover o cabo de comunicação, assim como o pino da roda dianteira do jato.

O estado do caminhão após o choque

De acordo com a Autoridade de Segurança Holandesa, nesse momento a tripulação solicitou autorização para taxiar, que foi concedida e executou o checklist de taxiamento. No entanto, o processo falhou, pois a última parte dessa mesma checklist exige uma confirmação de que os equipamentos terrestres estivessem longe do avião.

Como o piloto naquele momento não tinha visto ninguém nas proximidades do avião quando olhou pela janela do cockpit, presumiu que o caminho para taxiar estava livre. Porém, quando começou a se mover, acabou colidindo com o trator parado na frente logo no momento em que seu motorista estava prestes a entrar nele.

O choque causou danos no trator, bem como em algumas partes do avião, principalmente nos pneus da roda dianteira. Por sorte, ninguém se feriu durante o incidente e a tripulação conseguiu parar o avião imediatamente após sentir a vibração.

A Autoridade de Segurança Holandesa destaca que os pilotos devem esperar um sinal de “tudo limpo” dado pelo motorista antes de começar a taxiar, pois nem sempre ele é visível pelo cockpit. O caso envolvendo o avião da Aeromexico foi mais um exemplo que reforça isso.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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