Boeing 787, que o presidente mexicano se recusa a usar, volta para o deserto

Foto: Daniel P.

No último dia de maio, o Boeing 787-8 do Governo do México (TP-01) foi movimentado novamente. Após uma temporada em território mexicano e inúmeras tentativas frustradas de vender o avião, o executivo do país mandou o jato novamente para a Califórnia, precisamente para o aeroporto de Victorville, possivelmente para a realização de uma manutenção programada.

Há dois anos e meio, o presidente Andrés Manuel López Obrador tenta vender a aeronave, comprada por um governo anterior, e que ele considera muito cara e além do que o país necessita. Diante do fracasso na venda, até aqui, o governo mexicano solicitou a mediação da UNOPS, uma agência da ONU especializada em logística que, por meio de uma corretora, buscará um comprador.

O processo terá início com uma investigação para identificar potenciais compradores, entre eles governos, entidades privadas e companhias aéreas (o que é uma novidade, pois antes o jato não havia sido oferecido a linhas aéreas). Os interessados ​​devem atender a uma série de requisitos:

– Respeite o preço mínimo de compra de aproximadamente $115 milhões de dólares
– Não tenha pendências legais
– Não ser incluído na lista de sanções da ONU
– Demonstrar que os recursos utilizados têm origem legal

Desde o começo de sua gestão, López Obrador se recusou a usar o avião. Nesse ínterim, até uma rifa pelo avião chegou a ser anunciada, com bilhetes e tudo, mas o processo não foi avante como esperado e o grande prêmio acabou sendo uma bolada em dinheiro, ao invés do avião.

Resta saber se com a ajuda da ONU e mais flexibilidade na venda, a venda acontecerá.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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