A Boeing chegou a um acordo com as famílias das vítimas do acidente do 737 MAX da Ethiopian Airlines, ocorrido em março de 2019. Esse acordo estabelece a base para a resolução dos processos movidos contra a gigante aeroespacial norte-americana.
Conforme relatado pelo WSJ, apenas duas famílias se abstiveram de assinar o acordo, apresentado na quarta-feira perante um tribunal federal no Distrito Norte de Illinois – pelo qual a Boeing “aceitou a responsabilidade pelo acidente” em troca das famílias que deixariam de lado sua busca por danos punitivos contra o fabricante.
Embora esse acordo feche as portas para esse tipo específico de reclamação (que pode totalizar centenas de milhões de dólares em um caso como este), as famílias das vítimas ainda poderão entrar com ações judiciais contra a empresa em busca de indenização por danos. O acordo contém uma cláusula pela qual a Boeing “aceitará a responsabilidade pela queda do voo ET302” em qualquer ação judicial subsequente que seja iniciada sobre este assunto.
As famílias dos 157 mortos no acidente alegaram que o projeto havia sido aprovado sem supervisão rigorosa do projeto, produção e certificação de tipo. Eles também culparam a Boeing por não conseguir aterrar o avião após um primeiro acidente no final de 2018, que ocorreu em um voo da Lion Air. A empresa já resolveu a maioria das ações judiciais movidas como resultado do acidente com a companhia aérea da Indonésia.
“Este é um marco importante para as famílias em sua busca por justiça”, disseram os advogados que representam as famílias das vítimas. Este acordo “garantirá que todos sejam tratados com justiça”. Além disso, eles observaram que o acordo tornará a Boeing “totalmente responsável” pelo acidente.
Informações via Aviacionline
