A saga das certificações da Boeing persiste. Nesta quinta-feira, 1 de setembro, deu-se a conhecer que a fabricante espera que a menor variante da família 737 MAX, o 7, seja certificada até o final do ano, enquanto a versão maior, o MAX 10, só seria aprovada no primeiro semestre de 2023 (como antecipado ontem pela Reuters).
A confirmação veio de John Dyson, da equipe de marketing da Boeing Commercial Airplanes, que em declaração à Reuters, disse que “o 737 MAX 7 seria certificado primeiro e o MAX 10 deve seguir apenas alguns meses depois”.
Além disso, conforme replica o Aviacionline, ele indicou que a fabricante estava realizando “conversas” com legisladores e reguladores para tentar obter uma prorrogação do prazo regulamentar de 31 de dezembro, depois do qual as novas aeronaves em certificação deveriam contar com uma nova configuração de alertas de cabine (isso atrasaria a certificação do MAX 10, por exemplo, caso o processo não seja concluído até a data, pois ele teria que contar com uma cabine diferente).
O principal cliente do MAX, a Ryanair, disse que a Boeing parecia ter aceitado que não seria capaz de certificar o tipo antes do final do ano, conforme noticiado na quarta-feira (31).
“Eu acho que a Boeing já aceitou que não irá certificar o avião até o final do ano, mas eu suspeito que o Congresso irá aprovar uma extensão deste prazo. Não tem sentido pedir para uma companhia como a Boeing para refazer o cockpit e seus sistemas, então eu peço que o Congresso não exija essa mudança [para o MAX 10]”, disse Michael O’Leary, CEO da companhia aérea irlandesa.
As consequências operacionais para as companhias aéreas caso o MAX 10 tenha uma cabine diferente dos outros modelos seria praticamente uma sentença de morte para a variante.
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