Boeing comparece ao tribunal e diz que nunca enganou o regulador da aviação dos EUA

Foto: Boeing

Em um novo comparecimento perante a justiça, a Boeing se declara inocente da acusação de tentar enganar as autoridades da aviação ao fazer alterações nos sistemas de controle de sua aeronave 737 MAX. Esses ajustes levaram a dois acidentes de avião na Indonésia e na Etiópia, que mataram centenas de pessoas. 

A fabricante teve que comparecer a um tribunal na quinta-feira (26) após um juiz acatar pedidos de familiares das vítimas para que a empresa seja criminalizada pelo caso, apesar da gigante aeroespacial ter feito um acordo passado em que concordou pagar uma multa bilionária em troca de imunidade quanto a processos criminais.

Desta forma, o diretor de segurança da Boeing, Mike Delaney, compareceu perante um juiz federal no estado americano do Texas e se apegou a esse acordo previamente firmado com o judiciário, tendo salientado que nada mais havia a ser dito além do que já fora anterioremente.

Os parentes das vítimas, no entanto, não aceitam o acordo da Boeing com o Judiciário e pedem para que seja desfeito e que alguém seja responsabilizado pelas mortes de seus entes queridos. Isso também ajudaria a assegurar uma indenização maior para compensar a perda dos seus parentes.

Entre perdas com a parada do Boeing 737 MAX a nível global e indenizações, o caso já custou à Boeing mais de US$ 20 bilhões, diz uma matéria da Reuters.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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