Boeing dará dois 777 à aérea indiana, em compensação pelos problemas do 737 MAX

737 MAX 8 da SpiceJet – Imagem: Boeing

A Spicejet, uma das companhias aéreas mais importantes da Índia, está prestes a entrar no mercado de longa distância e receberá dois Boeing 777-200 como parte da indenização da fabricante americana pelo encalhe de 13 Boeing 737 MAX após os acidentes fatais com este modelo.

A companhia aérea já iniciou o processo de contratação de pilotos para o 777 e, dependendo da evolução da pandemia, eles serão usados ​​em voos de longa distância ou de carga, segundo o CEO Ajay Singh, conforme relata nosso parceiro Aviacionline.

Durante a pandemia, a Spicejet usou aeronaves Airbus A340 para operações de carga e um Airbus A330neo alugado da Hi Fly para voos entre a Índia e o Reino Unido, quando as “bolhas de viagens” entre os dois países foram estabelecidas.

Durante o curso da pandemia, a Spicejet solicitou ao Departamento de Transporte dos Estados Unidos (DOT) permissão para operar voos entre Delhi (DEL) e Nova York (JFK).

Os Boeing 777-200 têm alcance suficiente para operar nos principais aeroportos da costa leste dos Estados Unidos, como Nova York (JFK), Newark (EWR) e Boston (BOS) e até mesmo no Oriente Médio, como Chicago (ORD), os principais mercados de maior demanda e mais lucrativos da Índia. A Spicejet vai competir com outras companhias aéreas tradicionais, como United Airlines e American Airlines.

De acordo com informações, a Boeing ainda não comentou sobre o pacote de compensação para o encalhe dos 13 Boeing 737 MAX da Spicejet. “A situação está muito fluida, vamos ver como fica. Se a situação de pandemia continuar a melhorar como antes da Ômicron, então faz sentido implantar os B777s para voos regulares de passageiros. Caso contrário, será uma carga”, disse Singh.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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