No âmbito da apresentação dos resultados financeiros da Copa Holdings para 2022, realizada na manhã da última quinta-feira (16), ano em que obteve lucros de US$ 348 milhões, o diretor financeiro da empresa informou que durante 2023 espera adicionar doze Boeing 737 MAX 9 à sua frota, um dos quais recebeu em janeiro. Isso representa uma aeronave a menos do que o planejado originalmente.
Montero também mencionou que foi informado pela Boeing que as onze aeronaves restantes serão incorporadas com um atraso entre dois e quatro meses nas datas inicialmente previstas. A frota atual da Copa é composta por 67 Boeing 737-800, 22 B737 MAX 9, 9 B737-700 e um cargueiro B737-800.
Esse atraso, juntamente com o ambiente de demanda, reduziu a previsão de crescimento da capacidade (em ASM) para uma faixa de 12-14% em relação a 2022, quando anteriormente era estimado um valor acima de 15%, informa o Aviacionline.
Novos destinos
A Copa já tem previsão de desembarque em três novos destinos durante o ano de 2023: Manta, no Equador, e Baltimore e Austin, nos Estados Unidos, conforme noticiado recentemente pelo AEROIN.
Questionado sobre de onde virá o crescimento capacidade, se com novos destinos ou aumentar frequências na rede existente e na anunciada, Pedro Heilbron, CEO da empresa, disse que 50% do crescimento de capacidade em 2023 virá de efeito anualizado dos novos destinos lançados no ano anterior, enquanto os restantes 50% resultarão maioritariamente do acréscimo de frequências à rede existente, deixando “uma pequena parte” para os novos destinos, que se prevê sejam pelo menos dois até o final do ano.
Esses novos destinos seriam cidades que antes não eram atendidas, e não a retomada das cerca de oito para as quais ainda não retornaram após a pandemia.
Carga
Em relação ao mercado de carga, ao qual a Copa passou a dedicar uma aeronave exclusiva no ano passado (um Boeing 737-800). Heilbron disse que esse segmento representa apenas 3% de suas receitas, portanto não é significativo, embora tenha destacado que antes era de 2,5%.
Os aviões de carga pura trazem-lhes resultados ótimos em termos de ocupação e rendimento com uma utilização média de cerca de 10 horas por dia, mas ainda assim a maioria da carga movimenta-se nos porões dos aviões de passageiros
Wingo
A empresa de ultrabaixo custo da Copa Holdings, baseada na Colômbia, opera atualmente nove Boeing 737-800, o último dos quais será adicionado em 2022. Heilbron disse que considera que o mercado colombiano é atualmente muito competitivo e que “poderia até dizer que tem excesso de capacidade”.
É por isso que em 2023 eles não adicionarão novas aeronaves e não esperam crescer muito, exceto melhorando o uso da frota ou movimentando capacidade entre mercados, existentes ou novos. A malha da Wingo em 2022 fechou com 20 cidades e 31 rotas em 10 países.
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