Enquanto toda a indústria aeronáutica busca economizar dinheiro da melhor maneira possível, esperando que a crise passe em poucos meses antes que maiores danos sejam causados, analistas dizem que as reservas financeiras da Boeing permitiriam que ela continuasse operando por cerca de 8 a 10 meses, possivelmente mais.
Apesar das especulações sobre sua condição financeira com base em pedidos recentes de US$ 60 bilhões em ajuda, feitos ao governo pela indústria aeroespacial dos EUA, o FlightGlobal indica que a estimativa leva em conta os cerca de US$ 30 bilhões em reservas de caixa e liquidez da companhia. As perspectivas são de que a Boeing queimará US$ 3 a 4 bilhões por mês.
Dependendo de quando e em que medida a fabricante começará a construir jatos 737 MAX novamente, e quando o modelo será recertificado pela FAA, a empresa gastará mais, podendo alterar a previsão.
Na semana passada, a Boeing fechou temporariamente seus locais de produção na área de Seattle, depois que um de seus funcionários morreu de COVID-19.
Enquanto o setor comercial luta e aguarda a prometida ajuda governamental, ainda é esperado que os contratantes de defesa aeroespacial continuem produzindo material. Para manter as fábricas a todo vapor, o Pentágono emitiu um memorando em 20 de março no qual declarou a Base Industrial de Defesa um “Setor de Infraestrutura Crítica”, tornando a indústria isenta de qualquer aplicação de quarentena.
As empresas estão implementando medidas como protocolos aprimorados de limpeza, distanciamento social onde é necessário o trabalho de pessoas, videoconferência remota, trabalho em casa e horários de trabalho escalonados, que, esperançosamente, retardarão a propagação do vírus.