Os empecilhos da Boeing na justiça não acabaram e novas acusações surgem, agora vindas de quem sempre confiou na empresa: os acionistas.
Dessa vez, o processo não está sendo movido pelas famílias das vítimas dos acidentes do 737 MAX ou pelas empresas aéreas afetadas por sua parada, mas sim pelos acionistas, inclusive aqueles que possuem largas fatias do capital da empresa.
Segundo a Bloomberg, o processo está sendo movido em Delaware e a juíza do caso, Morgan Zurn, dispensou a maioria das acusações, mas aceitou uma que acusa que a gestão da Boeing ignorou avisos sobre os problemas no 737 MAX e não avisou ao conselho de acionistas sobre isso.
Outros pontos levantados pelos acionistas são as falas de David Calhoun, atual CEO da Boeing e que, na época, era um diretores da empresa. Os investidores acusam-no de ter falado algo que não correspondia com a realidade logo após o acidente com o avião da Lion Air, e que não tomou nenhuma atitude eficaz a fim de evitar um segundo acidente, que aconteceu meses com a Ethiopian Airlines.
A Boeing lamentou o processo de seus investidores e conselheiros, e está analisando a decisão da juíza para decidir quais ações tomar nos próximos dias.
A juíza, por sua vez, disse que as vítimas primárias do acidente com os 737 MAX são as pessoas que morreram, suas famílias e as companhias aéreas envolvidas, mas que os investidores sofreram perdas com o valor das ações da Boeing, que despencaram e até hoje não voltaram ao patamar pré-acidentes.
