A Boeing estabeleceu um novo recorde de produção do 737 até julho de 2025, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto, com quem conversou a Reuters. Segundo elas, a fabricante planeja um aumento significativo na produção de seu avião narrow-body 737 MAX, alcançando a impressionante taxa de 57 jatos por mês até tal data.
Essa meta representa um marco histórico para a empresa, refletindo o crescimento nas encomendas e a retomada após a crise do 737 MAX. Tanto a Boeing quanto a Airbus, sua concorrente europeia, estabeleceram ambiciosas metas de aumento à medida que as viagens aéreas e as vendas de aeronaves se recuperam.
O plano de aumento foi revelado no mais recente cronograma mestre da Boeing para seus fornecedores, disseram as fontes à Reuters em condição de anonimato, já que o documento não é público. Segundo elas, o cronograma indica que a produção do 737 atingirá a marca de 42 jatos por mês até dezembro de 2023.
Esses números já haviam sido mencionados pelo chefe da Boeing Commercial Airplanes, Stan Deal, em entrevista à Bloomberg em junho. A partir de então, a produção mensal do 737 aumentará gradativamente, chegando a 47,2 em junho de 2024 e 52,5 em dezembro do mesmo ano. Finalmente, em julho de 2025, a empresa planeja estabelecer uma taxa constante de 57,7 aeronaves por mês, um número superior ao relatado em abril, que indicava uma produção de 52 jatos por mês a partir de janeiro de 2025.
Antes da interrupção da produção do 737 MAX em 2019, a Boeing já produzia 52 jatos por mês, com o objetivo de chegar a 57. No entanto, a meta formal da empresa é de 50 unidades por mês para o período de 2025 a 2026, anunciada em novembro do ano passado durante um dia para investidores.
No entanto, o CEO da Boeing, Dave Calhoun, já indicou que pode ser discutido um aumento para 60 jatos por mês, considerando o aumento nas encomendas, como o acordo firmado com a Air India para a compra de quase 200 MAX este ano.
A Boeing não comentou a matéria da Reuters.