A Boeing reiniciou a produção do jato 737 MAX cerca de um mês após o término de uma greve de sete semanas envolvendo 33.000 trabalhadores de fábrica. Esta retomada é crucial para a recuperação da Boeing, que está pesadamente endividada e necessita reconhecer receitas.
A produção foi retomada na sexta-feira, de acordo com fontes que preferiram não se identificar por não estarem autorizadas a falar com a mídia. A Boeing não quis comentar sobre o assunto até o momento, como informou a Reuters.
Anteriormente, o chefe da Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), Mike Whitaker, havia informado que a Boeing ainda não tinha retomado a produção do 737 MAX, mas tinha planos de fazê-lo ainda neste mês.
A retomada vem após uma série de contratempos que afetaram a produção, incluindo dois acidentes fatais com o 737 MAX, a pandemia de COVID-19, problemas na cadeia de suprimentos, preocupações com a segurança na produção e maior fiscalização regulatória, além da recente greve dos trabalhadores.
Em janeiro, a FAA limitou a produção a 38 unidades do 737 MAX por mês, após um incidente em que um painel de porta com quatro parafusos essenciais faltando se soltou de um 737 MAX 9 da Alaska Airlines durante um voo, o que expôs sérios problemas de segurança na Boeing.
Na última semana, Whitaker se absteve de prever quando a FAA autorizaria a produção acima de 38 unidades mensais, mas sugeriu que isso poderia demorar vários meses. Enquanto isso, analistas da Jefferies preveem que a Boeing produzirá, em média, 29 unidades do 737 MAX por mês em 2025.