
A Boeing se declarou culpada de acusações de conspiração para fraudar a Administração Federal de Aviação (FAA), no caso do 737 MAX, em um tribunal dos EUA na última quarta-feira (24). A empresa também concordou em pagar uma multa de US$ 243,6 milhões após violar um acordo de adiamento de acusação com o Departamento de Justiça dos EUA.
Isso se tornou evidente após o acidente de um 737 MAX 9 da Alaska Airlines em janeiro, que revelou a continuidade dos problemas de segurança e qualidade do fabricante. Na ocasião um painel da fuselagem se desprendeu em voo, causando uma descompressão grave.
Agora, cabe ao juiz Reed O’Connor decidir se aceita ou não a confissão de culpa da Boeing e se a empresa deve enfrentar uma indenização adicional contra os familiares das vítimas dos acidentes da Lion Air e da Ethiopian Airlines, informou o Aviacionline.
Além da multa, a Boeing também se comprometeu a alocar US$ 455 milhões nos próximos três anos para melhorar os programas de segurança e conformidade, um valor 75% superior ao planejado anteriormente pelo fabricante.
Será nomeado um auditor independente por três anos, que garantirá o cumprimento das medidas de segurança e apresentará relatórios anuais ao governo dos EUA sobre o progresso da Boeing nessa área.
No dia 7 de julho, a fabricante já havia anunciado a intenção de avançar nessa direção, apesar das fortes objeções dos familiares das vítimas, que afirmaram que o acordo “não reconhece que, devido à conspiração da Boeing, 346 pessoas morreram“. “Através de manobras legais entre a Boeing e o Departamento de Justiça, as consequências mortais do crime da Boeing estão sendo ocultadas.” Notavelmente, o acordo também inclui a obrigação de o conselho de administração da Boeing se reunir com os familiares no prazo de quatro meses após a sentença.
De acordo com a agência Reuters, a Boeing declarou que “continuaremos a trabalhar de forma transparente com os nossos reguladores, ao mesmo tempo que tomaremos medidas significativas em toda a Boeing para melhorar ainda mais os nossos programas de segurança, qualidade e conformidade“.
Leia mais: