A novela da recertificação do Boeing 737 MAX na China pode estar chegando ao fim, finalmente. Na última semana, representantes da Boeing se reuniram em Zhoushan, na província Zhejiang, com a Administração de Aviação Civil da China (CAAC), para acertar os detalhes do retorno do jato aos céus do país.
Após os dois acidentes fatais na Indonésia e na Etiópia, em 2018 e 2019, respectivamente, a China se tornou o primeiro país do mundo a aterrar o 737 MAX em março de 2019. A proibição, que ainda não foi totalmente retirada, deixa quase cem 737 MAX entregues em armazenamento em aeroportos chineses e mais de 100 novos nos pátios da Boeing esperando para serem entregues.
De acordo com a mídia estatal chinesa, durante a reunião na última quarta-feira (14), a autoridade da China revisou as mudanças feitas nas aeronaves 737 MAX e avaliou os planos aprimorados de treinamento de pilotos.
Apesar da reunião caminhar para a liberação do modelo, ainda não há uma data para quando as companhias aéreas poderão retomar os voos com o MAX. Segundo informações, as autoridades ainda levantaram questões adicionais sobre a aeronave 737 MAX.
Uma segunda revisão do “Relatório de Revisão de Aeronaves da Série Boeing 737” será lançada assim que todas as questões forem resolvidas. A reunião foi organizada um dia antes de a Boeing anunciar que irá vender algumas aeronaves 737 MAX construídas para clientes chineses.
O CFO da Boeing, Brian West, disse que a carteira de pedidos de aeronaves Boeing 737 MAX não entregues era de cerca de 290 em julho de 2022, com metade dedicada a atender o mercado chinês.
Em dizeres na semana passada, tanto o CEO Dave Calhoun quanto o CFO Brian West, concordaram que não há espaço para continuar esperando por uma decisão da CAAC, enquanto os aviões estão se acumulando no armazenamento e o dinheiro para entregas ainda não está entrando.
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