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O mais recente modelo comercial da Boeing, o maior avião bimotor do mundo a alçar voo, registrou nesta última semana um novo recorde de tempo no ar em seus ensaios. Foram pouco mais de 10 horas, sem nem mesmo sair dos Estados Unidos.
O mais longo teste foi feito na última terça-feira, 30 de março, com a aeronave registrada sob a matrícula N779XX, um dos quatro aviões da variante 777-9 que fazem parte da campanha de ensaios para certificação do 777X. A família de bimotores conta ainda com o modelo menor, o 777-8, que segue com o projeto paralisado e sem nenhuma unidade produzida.
Conforme relatado e registrado pela plataforma de rastreamento RadarBox, o grande jato decolou do aeroporto Boeing Field e voou por 10 horas e 4 minutos antes de voltar ao mesmo local de partida.
Three days ago, Boeing performed the longest 777X flight so far: 10 hours in the air. The aircraft reached a top speed of 550 kt (1018km/h) and climbed to FL410 https://t.co/gbLdu3K61B pic.twitter.com/riE9NBCVfy
— RadarBox (@RadarBox24) April 3, 2021
Apesar de longo em termos de tempo, entretanto, o 777 de nova geração nem mesmo deixou a costa oeste dos Estados Unidos. Ele apenas fez diversas idas e voltas sobre um mesmo percurso, enquanto atingiu até 41 mil pés (12,5 mil metros) de altitude e até 550 nós (1018 km/h) de velocidade.
Antes deste voo, a mais longa jornada de um 777X havia sido em setembro do ano passado, quando o mesmo jato de matrícula N779XX registrou quase 10 horas no ar. Haviam sido 9 horas e 58 minutos, porém, naquela ocasião, o ensaio sobrevoou 16 estados do país, ao invés de ficar apenas nas proximidades das fábricas da Boeing como feito dessa vez (reveja o trajeto daquele voo clicando aqui).
Apesar do avanço rumo à certificação e das atualizações tecnológicas do modelo, que conta com asas muito mais leves feitas de material composto de fibra de carbono e com motores maiores, mais modernos e mais econômicos do que os 777 da geração anterior, a Boeing tem perdido encomendas para o 777X, por consequência tanto dos atrasos nos prazos do projeto quanto pela crise gerada pela pandemia, que reduziu o interesse das empresas aéreas por aviões de maior porte.
Relembre a seguir algumas matérias sobre o projeto: