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A Agência Federal de Aviação Civil dos EUA, a FAA, emitiu novas Diretivas de Aeronavegabilidade orientando empresas aéreas sobre a necessidade de correção de um defeito nos Boeings 747 e 767, em um problema de risco de explosão similar ao já encontrado no modelo 727.

Segundo a agência, os sensores dos indicadores de combustível devem ser modificados, para evitar uma faísca e possível ignição dentro do tanque, que, além do próprio combustível, tem gases muito voláteis.
De acordo com as Diretivas 2020-18-02 (para os 747s) e 2020-18-16 (para os 767s), os operadores dos jatos nos EUA terão 72 meses a partir de 10 de novembro para fazer a modificação, segundo procedimentos aprovados conforme a regulamentação aplicável. O cumprimento também é necessário em outros países que adotem a regulamentação norte-americana, como o Brasil.
O problema é muito similar a um que a Boeing não quis corrigir no 727. No caso do clássico trijato, o problema também seria no sensor do combustível, que poderia causar uma ignição e possível explosão, resultando em um acidente catastrófico.
Disputa novamente com a FAA

Na época, como mostramos aqui, a Boeing afirmou que a falha elétrica neste medidor é extremamente remota e tem vulnerabilidade limitada. Outro ponto levantado pela Boeing é que, dos 272 jatos construídos, apenas seis tiveram instalados o tanque auxiliar que utiliza o referido medidor de combustível.
Agora, novamente a Boeing, acompanhada de empresas aéreas cargueiras como a FedEx, KLM Cargo e UPS Airlines, contestam a Diretiva da FAA.
A imposição afeta os jatos 747-400, -400F, 767-200/ER/ERF, 767-300/ER/ERF/F e os 767-400ER. Nesta lista estão inclusos 71 Jumbos e 261 aviões 767, isso apenas contado os registrados nos EUA.
A justificativa é basicamente a mesma do 727: a chance de acontecer seria muito baixa. A Boeing inclusive falou que está estudando outras modificações. A FAA, por sua vez, falou que existem pontos com “não-conformidades que foram detectadas durante a revisão do sistema de combustível das aeronaves”.
Por fim a Boeing afirma que já começou a fazer a modificação ainda em fevereiro nos 767 de algumas empresas aéreas afetadas, e que os novos jatos já estão saindo de fábrica com essa modificação. Não há menção sobre a situação do Jumbo que ainda está sendo produzido, na versão 747-8F, que possivelmente conta com sistemas diferentes não afetados pelo problema.
Com informações da FAA
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