A boliviana Amaszonas estaria em uma situação desafiadora após a autoridade da Bolívia cancelar a matrícula de todos seus aviões.
A empresa aérea, que é parte do Grupo Nella, comandada pelo brasileiro Mauricio Souza, já tinha sido citada no mês passado, quando surgiram notícias que suas aeronaves estariam sendo alvo de busca e apreensão pelos lessores (donos) por falta de pagamento do aluguel.
Um dos 4 jatos Embraer E190-E1 da empresa está em São José dos Campos desde junho, passando por manutenção, e a empresa falou que ele iria retornar em breve, desmentindo as notícias de retomada de posse.
Na noite de ontem, porém, a Autoridad de Regulación y Fiscalización de Telecomunicaciones y Transportes da Bolívia (ATT) emitiu um comunicado oficial. em que afirma que após “a determinação da Dirección General de Aeronáutica Civil (DGAC), a ATT suspende a venda antecipada de passagens (até 3 dias após a data atual) em todas as rotas nacionais e internacionais da Amaszonas”.
Segundo a autoridade esta medida visaria proteger o usuário final de um possível cancelamento de voos ou calote da empresa, que até então tinha 4 jatos Embraer E190-E1 na frota. O verbo no passado refere-se ao fato da autoridade boliviana também ter sugerido o cancelamento das matrícula.
O DGAC notificou no dia 1º de agosto a Amaszonas sobre o cancelamento temporário da matrícula de suas aeronaves, dando um prazo de 5 dias para resolver a situação. No entanto, os motivos específicos do cancelamento das matrículas não foram informados pelas autoridades bolivianas.
Em comunicado na sua página no Facebook, a Amaszonas se limitou apenas a informar os usuários que “agora de acordo com a determinação das autoridades, poderá se adquirir passagens para apenas 3 dias em diante”, ocultando a decisão de cancelamento de matrículas e possível parada das operações.
