
A Boliviana de Aviación (BoA), companhia aérea estatal da Bolívia, apresentou seu relatório de gestão de 2024 em 27 de março, onde detalhou suas principais conquistas operacionais e os planos para este ano, de acordo com o Aviacionline.
A empresa planeja expandir suas operações internacionais e renovar sua frota, mesmo em um contexto marcado por uma redução no fluxo de passageiros domésticos, atribuída à situação macroeconômica e ao aumento da inflação. Em contrapartida, o tráfego internacional continua a apresentar uma tendência ascendente.
No ano anterior, a BoA incorporou cinco aeronaves Boeing 737-800 e três Airbus A330-200, substituindo seus antigos Boeing 767, fortalecendo sua rede regional e internacional. Além disso, foi inaugurado um centro de manutenção (MRO) em Cochabamba, com o objetivo de otimizar os tempos de revisão técnica e reduzir os custos operacionais.
Este centro busca certificação da Administração Federal de Aviação (FAA) para se tornar um centro de serviços aeronáuticos regional.
Em 2023, a companhia transportou 4.991.259 passageiros, o que representou um crescimento de 5,26% em relação ao ano anterior. Durante este período, novas rotas para Asunción (Paraguai), Riberalta e Rurrenabaque também foram habilitadas.
Apesar do cenário econômico desafiador, a BoA tem como objetivo consolidar a Bolívia como um centro regional de conexão e atender à demanda de bolivianos que vivem no exterior.
Em fevereiro, houve uma mudança na gestão da empresa, com Mario Borda sendo nomeado novo diretor-geral, substituindo Ronald Casso, em meio a questionamentos sobre a concentração do mercado aéreo nacional nas mãos da BoA, além de uma série de incidentes operacionais.
De acordo com o relatório de Responsabilidade Final de 2024, os planos para 2025 incluem a incorporação de três aeronaves Boeing 737-700, adquiridas durante a administração anterior. No entanto, Borda indicou que negociações com fabricantes chineses para expandir a frota estão sendo avaliadas.
Mario Borda também informou à mídia boliviana La Razón que a companhia planeja anunciar novos destinos ao longo do ano, incluindo Arica, Barcelona, Iquique, Milão, Montevidéu, Rio de Janeiro, Santiago do Chile e Washington D.C. Essas rotas se somam às que foram previamente anunciadas para Bogotá e Córdoba no relatório do ano anterior, que não se concretizaram.
Atualmente, a frota da BoA é composta por três Airbus A330-200, nove Boeing 737-800, quatro Boeing 737-700, quatro Boeing 737-300 e três CRJ 200. Sua rede de destinos internacionais inclui voos para Asunción (Paraguai), Buenos Aires/Ezeiza (Argentina), Caracas (Venezuela), Havana (Cuba), Lima (Peru), Madrid (Espanha), Miami (Estados Unidos) e São Paulo/Guarulhos (Brasil).
No âmbito nacional, a BoA opera em Cobija, Cochabamba, La Paz, Oruro, Riberalta, Rurrenabaque, Sucre, Santa Cruz de la Sierra, Tarija, Trinidad, Uyuni e Yacuiba.