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Brasil e Chile reforçam parceria para ampliar voos e turismo com foco na integração regional

Airbus A320neo da JetSMART

A Embratur informa que recebeu, em sua sede, para um encontro de alto nível, a subsecretária de Turismo do Chile, Verónica Pardo — principal autoridade de turismo do país andino —, além dos CEOs da Sky Airlines, Holger Paulmann; da JetSMART, Estuardo Ortiz Porras; e do diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade da LATAM, Juan José Toha.

A reunião bilateral de turismo Chile-Brasil acompanhou o encontro entre os presidentes Lula e Boric e teve como objetivo potencializar ainda mais o crescimento do turismo internacional, a conectividade aérea e a integração regional.

Participaram ainda o secretário nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos, Tomé Franca, e a diretora de Fomento e Planejamento da secretaria, Julia Lopes.

O fortalecimento do turismo Chile-Brasil é uma das prioridades do presidente da Embratur, Marcelo Freixo, alinhado com os objetivos do presidente da República. Os dois países trabalham juntos desde 2024 para aprofundar a integração, a conectividade aérea e o turismo internacional de ambos os lados.

Hoje, o Chile é o país que mais cresce em chegadas de turistas ao Brasil e o terceiro maior emissor internacional. O número de visitantes chilenos nos destinos nacionais mais que triplicou: passou de 202 mil, em 2022, para 653 mil no ano passado — um crescimento de 223%. Em 2025, essa tendência continua, com 286 mil entradas registradas no primeiro trimestre, um aumento de mais de 30% em relação ao mesmo período de 2024.

Os dois países mantêm 15 rotas aéreas conectando destinos: são 10 voos diretos e outros cinco com conexões no Uruguai e na Argentina. Em 2024, o Brasil contabilizou 10.057 voos do país vizinho para destinos brasileiros, um crescimento de 260% em comparação com 2022.

Para este ano, a projeção é de um crescimento de 25%. Recebem voos chilenos capitais como Fortaleza (CE), Recife (PE), Salvador (BA), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Curitiba e Foz do Iguaçu (PR), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

Conectividade aérea mais barata

A aproximação entre os dois países é estratégica para tornar a conectividade aérea mais barata e acessível, além de ampliar as possibilidades de promoção internacional conjunta. A visão dos presentes no encontro é que uma integração efetiva fortalecerá as respectivas economias e favorecerá os negócios entre empresas brasileiras e chilenas.

Freixo destacou que o turismo e a integração entre os dois países e a América do Sul são uma pauta econômica que traz prosperidade e gera emprego e renda para toda a região. Ele também ressaltou a importância de promover a Região Norte do Brasil, que ainda não recebe voos do Chile.

Mais voos significam mais comércio, mais viagens e mais turismo. A ampliação da malha aérea e da frequência de voos internacionais para o Brasil é uma das principais estratégias da Embratur para aumentar o número de visitantes estrangeiros”, lembrou.

O setor de turismo do Chile e do Brasil tem se beneficiado do aumento da conectividade aérea entre os países, com números crescentes de turistas. A conectividade com a América Latina é chave para o crescimento do turismo intrarregional, a exemplo do que acontece na Europa e na América do Norte. O Chile já é o terceiro país emissor de turistas para o Brasil e um dos que mais cresceram ao longo de 2024. Melhoramos muito a malha aérea do Brasil e do Chile, e esse é um ponto decisivo. A relação com as companhias aéreas é muito estratégica. Quanto maior a promoção conjunta que pudermos fazer, melhor”, completou Freixo.

Verónica Pardo abriu o evento destacando a importância de Brasil e Chile abrirem novas rotas, sem deixar de conservar e investir nos trechos já consolidados. Ela também mencionou a possibilidade de os países trabalharem juntos para atrair turistas asiáticos aos respectivos destinos.

Ontem (22), em conversações, tanto o presidente Lula quanto o presidente Boric falaram sobre integração regional. E creio que é um passo que temos que dar. Precisamos avançar para um modelo mais parecido com o da União Europeia, onde poderemos viajar com maior liberdade dentro da América do Sul, sem os altos custos de ir de um país a outro”, disse a subsecretária.

Em sua fala, Tomé Franca ressaltou o investimento em infraestrutura portuária e as ações do ministério, em parceria com a Embratur, para atrair novas rotas internacionais ao Brasil. O secretário também destacou que o ministério vê com otimismo a aviação brasileira, “com muito espaço para crescimento”.

Os presentes também apresentaram o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI) aos chilenos, e Verónica Pardo disse que, embora o país andino não tenha um programa semelhante, também pode discutir o subsídio de voos.

Debate representativo

Também estavam presentes no encontro, pelo lado chileno, a gerente de marketing do Serviço Nacional de Turismo do Chile (Sernatur), Jessica Sanchez; Márcia Leite, também do Sernatur; o representante da Associação de Centros de Ski do Chile, Guillermo Ruiz; e a representante da Andino Travel, Susana Garcia.

Entre os representantes da Embratur estavam o diretor de Gestão e Inovação, Roberto Gevaerd; o gerente de Negócios e Estratégias para o Mercado Internacional, Alexandre Nakagawa; o gerente de Inteligência de Dados e Competitividade, Fábio Montanheiro; o coordenador de Demanda e Transportes Multimodais, Philipe Karat; e o supervisor de Relações Internacionais da Agência, Paulo Lins.

Representantes de ambos os lados demonstraram interesse em fortalecer a conectividade entre Brasil e Chile e promover uma integração regional mais efetiva, mais acessível e que garanta, entre outras coisas, que voar entre países da América do Sul tenha custos equivalentes aos de trajetos domésticos.

Outro ponto relevante foi o fortalecimento do compartilhamento de dados entre os dois países, com o objetivo de dar mais efetividade às ações de integração e promoção internacional dos destinos.

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Com uma paixão pelo mundo aeronáutico, especialmente pela aviação militar, atua no ramo da fotografia profissional há 8 anos. Realizou diversos trabalhos para as Forças Armadas e na cobertura de eventos aéreos, contribuindo para a documentação e promoção desse campo.
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