Duas novas usuárias de aviões da Embraer ampliaram suas frotas na semana passada ao receber mais dois jatos cada uma. Os jatos foram adquiridos de segunda mão e serão parte de importantes segmentos dentro das malhas das companhias aéreas. As aeronaves, com capacidade para cerca de 100 passageiros também são um ator importante na retomada das viagens.
Brisa
De um lado está a Breeze Airways, empresa fundada pelo empreendedor em série David Neeleman, que escolheu o Embraer E190 como a base para o crescimento da empresa.
A start-up americana, que estreou seus voos no último dia 27 de maio, é uma companhia aérea de custo ultrabaixo. Sua missão é “tornar o mundo das viagens simples, acessível e conveniente, oferecendo voos ponto-a-ponto de aeroportos menores e secundários”, evitando hubs para entregar tempos de viagem mais curtos e melhorando a experiência de viagem do cliente usando tecnologia, engenhosidade e gentileza.
Sua frota hoje tem 11 E-Jets, sendo oito E190 e três E195. Os dois recebidos na semana anterior são:
– N115BZ – msn 190.00096 – ex-Air Canada
– N110BZ – msn 190.00075 – ex-Air Canada
Bambu
Do outro lado está a vietnamita Bamboo Airways, uma empresa jovem, com pouco mais de dois anos de operações, mas que vem apresentando um rápido crescimento, num mercado cuja demanda por viagens aéreas esteve reprimida por anos. Para destravar essas oportunidades e concorrer com a empresa estatal local, a Bamboo aposta em diversificação de frota.
Alguns voos regionais de maior demanda são operados com jatos da Embraer, especialmente o E190, modelo que a empresa alugou como um “tampão”, mas que permanece firme até agora na frota. Atualmente, são três voando na empresa, mas esse total já chegou a dez. Espera-se que mais dois aterrissem em Hanói num futuro próximo.
Os que ali pousaram na semana passada ainda estão com registro provisório e devem receber matrículas vietnamitas. São eles:
– M-ABNY – msn 190.00613 – ex-China Southern
– M-ABNK – msn 190.000524 – ex-China Southern
Ambas
Apesar de não terem comprado jatos novos da Embraer, as duas empresas firmaram acordos de reposição de peças e já se comprometeram com o uso do modelo no longo prazo. Isso a torna importantes cartões de visita da fabricante brasileira para passageiros e potenciais outros players de mercado.
A afirmação acima é corroborada pelo fato de que a própria Embraer celebrou quando essas empresas anunciaram operações com E-Jets, algo que nem sempre a fabricante faz publicamente.
