Breeze polemiza ao empregar estudantes de forma temporária para comissários de voo

Um método novo de contratação de comissários tem gerado polêmica em torno da Breeze Airways, nova companhia aérea de David Neeleman.

Divulgação – Breeze

Quando foi lançado no ano passado, o programa de contratação da nova empresa, com base em Salt Lake City, chamou a atenção, já que pagaria a faculdade de todos os comissários. Isso seria algo inédito e foi muito comentado à época. Porém, como diz o ditado, “não existe almoço grátis”, e a proposta vai um pouco além de simplesmente pagar os estudos dos funcionários.

O plano da Breeze é utilizar o tempo destes universitários, contratando-os como part-time (meio expediente) para trabalharem apenas nos finais de semana. Isso vai ao encontro do anunciado ontem (29) pela companhia, de que, em seu início operacional, vai voar apenas nos finais de semana.

Os detalhes foram dados por David Neeleman em recente entrevista à Forbes. Mas a inovação não para aí, já que ao fim da universidade, que dura em média 4 anos, o comissário não será contratado para jornada completa (full-time), e sim será dispensado.

Segundo a revista revelou, o salário será de US$ 1.200 dólares por 15 dias trabalhados, enquanto a média nas empresas como Delta, United e American chega a US$ 5.000 dólares mensais, trabalhando em torno de 23 dias por mês.

A medida já gerou um protesto da AFA-CWA, maior sindicato de comissários nos EUA, que afirma que irá “trabalhar muito para garantir que essa ideia não vá adiante” e aponta que a Breeze teria benefícios fiscais já que está financiando parte dos estudos de seus funcionários.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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