British avalia vender sua sede e adotar trabalho ‘home office’ mesmo após a pandemia

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A maior companhia aérea do Reino Unido, a British Airways, está cogitando vender parte de sua sede e migrar definitivamente trabalhos para o sistema Home Office.

Sede British Airways
Imagem: Nick Warner / CC BY 2.0, via Creative Commons

Com sede no edifício Waterside em Londres, a sede fica próximo ao Aeroporto de Heathrow, o principal hub da British Airways. O gigantesco complexo possui 114.000 metros quadrados e é composto por 14 edifícios abrigando nada mais nada menos que 4.000 colaboradores.

Com o início da crise causada pelo coronavírus no ano passado, o lugar foi quase abandonado quando grande parte de seus colaboradores foram postos para executar suas tarefas em casa, modelo de trabalho chamado home office. A British, segundo comunicado, disse que seus colaboradores aceitaram bem tal modo trabalho.

Como resultado, a companhia aérea quer permitir que eles continuem trabalhando em casa e alternando as atividades nos escritórios em Waterside, mesmo após o fim da crise causada pela COVID-19. Com isso, supostamente parte dos escritórios da British poderá ser vendida.

Segundo a Reuters, a possível venda do complexo de Waterside, relatada pelo Financial Times, poderia reforçar as finanças da empresa que foram abaladas pela pandemia do coronavírus.

A British Airways pagou 200 milhões de libras pelo terreno e pela construção, concluída em 1998, porém, o lugar já estava reservado para construção futura de uma nova pista para o Aeroporto de Heathrow a partir da demolição do complexo.

Segundo o Paddle Your Own Kanoo, um e-mail enviado para os colaboradores da British Airways por Stuart Kennedy, diretor de pessoal, dizia:

“Muitos de nós somos baseados em Waterside e não está claro se um escritório tão grande terá um papel em nosso futuro. Vamos precisar considerar qual será o layout de escritório ideal para o futuro. Talvez sejam menos mesas fixas e mais áreas de reunião casuais, e precisamos considerar o bem-estar dos colegas também.”

No entanto, Sean Doyle, presidente executivo da companhia alertou sobre o cansaço no uso do Zoom, aplicativo de videoconferência, e sobre as expectativas de que os aspectos negativos do home office possam levar a uma retomada rápida das viagens de negócios.

A British tenta sobreviver à medida que a crise vem se alastrando. Visando ao corte de custos, a companhia demitiu no ano passado mais de 10.000 colaboradores, entre pilotos, tripulantes, engenheiros ou funcionários do aeroporto. A britânica até mesmo resolveu vender parte de suas valiosos obras de arte, que ficam em exposição nos salões executivos, tudo para arrecadar dinheiro.

Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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