
Na última sexta-feira (26), um piloto de caça Shenyang J-16 da República Popular da China realizou uma manobra agressiva durante a interceptação de uma aeronave RC-135 da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF).
Conforme noticiou o Comando Militar dos Estados Unidos para o Indo-Pacífico (USINDOPACOM), o caça voou diretamente na frente do RC-135, forçando a aeronave dos EUA para voar através de sua esteira de turbulência. O RC-135 estava conduzindo operações de rotina sobre o Mar da China Meridional em espaço aéreo internacional, conforme permitido pela lei internacional.

Em nota, o USINDOPACOM reforçou que “os Estados Unidos continuarão a voar, navegar e operar – com segurança e responsabilidade – onde quer que a lei internacional permita, e a Força Conjunta Indo-Pacífico dos EUA continuará a voar no espaço aéreo internacional com o devido respeito pela segurança de todas as embarcações e aeronaves sob proteção internacional. Esperamos que todos os países da região do Indo-Pacífico usem o espaço aéreo internacional com segurança e de acordo com a lei internacional.“
No vídeo abaixo, divulgado pelo Comando Militar, o caça chinês, que estava sobrevoando o lado direito do RC-135, realiza uma curva à esquerda e passa bem em frente ao quadrimotor, numa manobra que gerou alto nível de turbulência e causou certa dificuldade no controle da aeronave. Nas imagens gravadas pelo militar americano a bordo do avião, é possível ver a cabine se movimentado após o cruzamento do caça.
#USINDOPACOM Statement on #PRC Unprofessional Intercept: “We expect all countries in the Indo-Pacific region to use international airspace safely and in accordance with international law.”
— U.S. Indo-Pacific Command (@INDOPACOM) May 30, 2023
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As relações entre China e Estados Unidos atravessam um momento complicado, num estado agravado não só pela recusa de Pequim condenar a Rússia pela invasão da Ucrânia, como também pela aparente aproximação entre Vladimir Putin e Xi Jinping, e, ainda, pela tensão crescente com o governo do território de Taiwan.

Outro caso parecido ocorreu em maio, conforme noticiou o AEROIN, quando um bimotor Let L-410 Turbolet da Guarda de Fronteira Polonesa foi interceptado por um caça Su-35 da Força Aérea Russa sobre águas internacionais. Na ocasião, o caça teria realizado manobras perigosas e pouco profissionais para afugentar a aeronave durante a patrulha da OTAN.
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