Caças escoltam avião após passageiro bater no comissário e alegar ter uma bomba na mala

Foto: Autor desconhecido / Reprodução

Aviões de caça decolaram na quarta-feira (28) para interceptar um voo da Singapore Airlines que havia decolado de San Francisco com destino a Cingapura, depois que um passageiro agrediu um membro da tripulação de cabine e alegou que tinha uma bomba em sua bagagem de mão.

Os pilotos informaram ao controle de tráfego e à base da empresa o que estava ocorrendo a bordo e pediram apoio dos serviços de emergência após o pouso. Como resultado, o Ministério da Defesa de Cingapura mobilizou imediatamente caças F-16 para interceptar e escoltar o voo SQ-33, operado por um Airbus A350-900 da companhia aérea sediada na cidade-estado asiática. A bordo, havia 209 pessoas, entre passageiros e tripulantes.

Depois do pouso, que ocorreu com segurança, o avião foi levado a uma área remota do aeroporto de Changi, onde equipes do Grupo de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Explosivos do Exército embarcaram. O suspeito, de 37 anos, que já havia sido contido pela tripulação, foi levado preso.

“A ameaça foi posteriormente verificada como falsa e a pessoa suspeita foi presa. As investigações policiais estão em andamento”, disse o Ministério da Defesa em um post no Facebook. O homem também foi preso por suspeita de consumir uma droga ilícita.

A aeronave pousou por volta das 5h50, mas os passageiros não foram liberados para desembarcar até por volta das 9h20, depois que a polícia suspendeu a operação. Em um comunicado, um porta-voz da Singapore Airlines disse que o passageiro “indisciplinado” atingiu um de seus tripulantes de cabine.

“A Singapore Airlines pede desculpas a todos os clientes afetados pela inconveniência causada por este incidente. Estamos ajudando nossos clientes com a remarcação de quaisquer conexões futuras que possam ter perdido”, comentou um porta-voz. “Estamos ajudando as autoridades em suas investigações e lamentamos não poder fornecer mais detalhes”.

Além de ser processado, o passageiro pode ser incluído numa lista de banimento e não embarcar novamente em voos da empresa asiática.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias