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Caças russos são cada vez mais frequentes nas fronteiras da OTAN na Polônia

Su-27S da Força Aérea da Rússia – Imagem: Igor Dvurekov / CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Após a invasão da Ucrânia pela Rússia ter parecido se encaminhar para uma redução de intensidade, com os russos deixando boa parte do território invadido e se concentrando em regiões específicas, novos movimentos indicam que o presidente Putin parece não ter interesse em terminar tão cedo sua ofensiva.

Nos últimos dias, novos bombardeios voltaram a ser registrados na região da capital Kiev, e, além disso, segundo reporta o portal Air Force Magazine, um oficial da Força Aérea da Polônia informou que na última semana tem aumentado a situação de alerta no país diante de aproximações cada vez mais frequentes de caças russos à sua fronteira.

Os jatos Su-35, Su-27 e MiG-29 decolam da Bielorrússia e voam em direção ao espaço aéreo polonês duas a três vezes ao dia (e isso é considerado uma frequência lata), levando à ativação de ações de resposta, com o envio de caças das forças da OTAN até a região. Enquanto isso, aeronaves russas Beriev A-50, de alerta e controle antecipado no ar, monitoram toda a atividade.

Segundo afirmou em entrevista outro militar polonês, o Chefe da Diretoria da Força Aérea da Polônia, Brigadeiro General Ireneusz Nowak, é como se os russos estivessem testando a resposta da OTAN a suas simulações de incursões.

“Colocamos muito esforço atualmente nesse sistema de policiamento aéreo”, disse Nowak. “O problema para nós é que, com aeroportos relativamente pequenos como os que temos, e temos uma pequena frota de caças, é cansativo para nós.”

Além do apoio aéreo da OTAN, a Polônia ainda conta com caças dos Estados Unidos também fazendo o patrulhamento da fronteira.

O Brigadeiro comentou que nas primeiras semanas do revezamento dos patrulhamentos da Polônia, da OTAN e dos Estados Unidos, sob coordenação da OTAN, muitas deficiências foram identificadas nos procedimentos, mas a adoção de técnicas, táticas e procedimentos americanos pela Polônia, juntamente com treinamento e educação conjuntos, facilitaram as implantações.

“Reagimos conforme necessário e nos posicionamos conforme necessário”, acrescentou. “Mostramos aos adversários que estamos prontos e não vamos recuar.”

Por fim, Nowak afirmou: “A Polônia é vista como uma ameaça para a Rússia e também como um país que apoia uma forte presença dos EUA aqui na Europa. Para a Polônia, nosso relacionamento especial com a Força Aérea dos EUA é muito importante. É vital para nós”.

Além da situação na fronteira com a Bielorrússia, alguns dias antes também já havia reportes de que caças da OTAN baseados em uma base aérea romena interceptaram caças russos que se aproximaram do território da OTAN pelo menos quatro vezes no período de 20 dias, de acordo com um relatório divulgado no dia 8 de abril.

Durante os incidentes, os caças russos baseados na Crimeia voaram ao longo do Mar Negro em direção ao território da OTAN antes de se afastarem, informou a Air Force Magazine.

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