Caixas de máscaras vindas da China já equivalem à área de 2,5 campos de futebol

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O Ministério da Infraestrutura (MInfra), em parceria com a LATAM Airlines Brasil, atingiu nesta terça-feira (16) o número de 135 milhões de máscaras cirúrgicas e N95 trazidas ao país para auxiliar no combate à Covid-19.

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Equipe a bordo de um dos Boeings 777 com carga de máscaras – Imagem: LATAM

A operação, até então inédita no Brasil, começou em maio e completa nesta terça-feira 50% de sua programação inicial, com o 22º voo sendo realizado de um total de 44 previstos.

Até o final de julho o transporte da totalidade das 240 milhões de máscaras compradas pelo Ministério da Saúde deve estar concluído. Os equipamentos estão sendo destinados aos profissionais de saúde das 27 unidades da federação.

O voo de número 22 da operação especial, o JJ9555, chegou às 4h05 desta terça-feira ao Aeroporto Internacional de Guarulhos/SP, oriundo de Xiamen (China), com 9 milhões de máscaras cirúrgicas de três camadas a bordo.

FlightRadar24 Voo 22 LATAM China Máscaras
O voo da madrugada de hoje, vindo da escala em Amsterdã – Imagem: FlightRadar24

Operação Inédita

Para que esse transporte fosse possível, o Ministério da Infraestrutura fechou parceria em abril com a LATAM, após realizar cotação internacional e definir o menor preço.

A LATAM, por sua vez, desenvolveu uma logística especial e passou a voar com destino à China pela primeira vez na história do grupo, preparando as aeronaves e equipes para essa megaoperação. Cerca de 300 colaboradores da empresa foram responsáveis por essa operação até agora.

Em terra e no ar, mecânicos, pilotos e copilotos, despachantes operacionais, funcionários de carga, coordenadores, planejadores e supervisores cruzaram os céus para abastecer o Brasil em meio à pandemia.

As 620 toneladas de caixas com os equipamentos, que poderiam ocupar uma área equivalente a 2,5 campos de futebol, voaram 1.054 horas e percorreram até aqui cerca de 900 mil quilômetros – o suficiente para dar mais de 141 voltas ao redor da Terra (raio Equatorial). As aeronaves passaram por mais de 11 fusos horários diferentes nesta jornada.

Xangai, Guangzhou, Xiamen – todas na China –, Amsterdã (Holanda), Auckland (Nova Zelândia), Santiago (Chile) e São Paulo foram os destinos utilizados para combinações de percurso dos voos.

Avião Boeing 777-300ER LATAM
Boeing 777-300ER da LATAM

As cinco aeronaves modelo B777-300ER utilizadas para realizar os 22 voos são originalmente de passageiros, e tiveram seus interiores adaptados para transportarem as caixas de máscaras não só nos porões, mas também sobre os bancos, no espaço entre as poltronas e nos compartimentos de bagagem.

“Chegamos à metade de nossos transportes em parceria com o Governo Federal e é uma satisfação saber que estamos trabalhando em prol da saúde no Brasil e oferecendo toda nossa expertise nessa luta contra o coronavírus. Reinventamos nossa operação e mobilizamos nossas equipes para atender a um objetivo maior”, afirma Diogo Elias, diretor da LATAM Cargo Brasil.

O próximo voo, de número 23, está previsto para chegar ao Brasil nesta quinta-feira (18) com 3 milhões de máscaras modelo N95, a mais indicada para proteger profissionais expostos a ambientes contaminados.

Balanço da operação até agora

Raio-x dos 22 voos (até 16 de junho):

  • 135 milhões de máscaras cirúrgicas e N95 transportadas;
  • 620 toneladas de carga (a quantidade de caixas poderia ocupar uma área equivalente a 2,5 campos de futebol);
  • 300 colaboradores(as) envolvidos(as): mecânicos(as), despachantes operacionais, pilotos, copilotos, supervisores, coordenadores, planejadores, funcionários (as) de carga e apoio em solo;
  • 1.054 horas voadas;
  • 900 mil quilômetros percorridos – o suficiente para dar mais de 141 voltas no globo terrestre (raio Equatorial);
  • 5 aeronaves modelo B777-300ER utilizadas;
  • 11 fusos horários diferentes a cada voo;
  • Destinos utilizados para combinações de percurso dos voos: Xangai, Guangzhou, Xiamen, Amsterdã, Auckland, Santiago e São Paulo.

Informações oficiais do Ministério da Infraestrutura

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Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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