
Uma agência de notícias com sede em Doha obteve imagens que mostram o que aconteceu após a descoberta de uma menina recém-nascida no Aeroporto Internacional de Hamad, em Doha, no Catar. As últimas informações disponíveis na mídia global dão conta de que a bebê prematura está viva e recebendo cuidados médicos, embora não tenha uma identificação.
O vídeo foi publicado pelo Doha News e sua autenticidade foi confirmada pela Al Jazeera. A situação resultou em um exame ginecológico em massa em passageiras de dez voos, enquanto o governo do Catar buscava pela mãe. Para tanto, uma ambulância teria sido estacionada no pátio do aeroporto e dezenas de mulheres obrigadas a um exame íntimo invasivo, o que causou revolta mundo afora.
Na filmagem (assista abaixo), três funcionários do aeroporto que parecem ser do sexo masculino e vestidos de amarelo e azul podem ser vistos aninhados ao redor do bebê, com um deles segurando-o em seus braços. A imagem segue os homens enquanto eles caminham pelo corredor em direção à câmera, com um dos homens olhando diretamente para a câmera antes de ser recebido por um oficial do aeroporto.
A câmera é posicionada diretamente acima do grupo e o rosto do recém-nascido pode ser visto. O grupo parece calmo e permanece em seu local, diretamente sob a câmera enquanto o vídeo termina após um minuto.
Algumas perguntas ainda permanecem sem respostas sobre esse caso, já que não há confirmação de que a mãe foi encontrada e qual era o real objetivo do governo do Catar ao obrigar as mulheres a fazerem tal exame.
A Human Rights Watch disse em um comunicado que o Catar deveria proibir exames ginecológicos forçados e também estava preocupada com as circunstâncias que podem ter levado ao abandono de um bebê. As relações sexuais fora do casamento são criminalizadas no Catar, sendo os hospitais obrigados a denunciar as mulheres grávidas às autoridades.