Câmera que mostra ao vivo o aeroporto de Porto Alegre capta um bólido; assista ao momento

Detalhe do momento do bólido, em cena do vídeo abaixo – Imagem: Camera Aeroporto Salgado Filho BrAmigos

Embora nas últimas semanas tenha ganhado muito destaque o caso das luzes avistadas no céu por pilotos voando no sentido do sul do Brasil, a câmera que transmite ao vivo os pousos e decolagens do Aeroporto Internacional Salgado Filho, de Porto Alegre (RS), registrou outro fenômeno na escuridão da noite.

Conforme o vídeo a seguir, publicado pelo canal “Camera Aeroporto Salgado Filho BrAmigos”, no YouTube, um bólido bastante intenso foi visto pouco depois da meia-noite do domingo passado, dia 13 de novembro:

Como visto na gravação acima, o fenômeno aparece à meia-noite e 9 minutos, no canto inferior direito da imagem. Bólido é o nome dado a um meteoro quando ele gera um grande clarão em sua trajetória pela atmosfera.

Em geral, a maioria dos meteoros apenas queima pelo atrito com as partículas da atmosfera, gerando o traço popularmente chamado de “estrela-cadente”. Mas em algumas situações, a depender do tamanho e composição do meteoro, ele acaba por sofrer uma explosão durante a queima, gerando o momentâneo brilho mais forte chamado de bólido.

Poucos dias depois, na quarta-feira, 16 de novembro, a mesma câmera do aeroporto de Porto Alegre captou outro meteoro, mas sem a ocorrência da explosão, permitindo notar a diferença entre um caso com e sem bólido. No vídeo a seguir, o meteoro pode ser notado no canto superior direito:

Como exemplo do quão intenso pode ser um bólido quando o corpo tem tamanho relevante, vale relembrar o caso de 2013 na Rússia, o superbólido de Chelyabinsk, mostrado no vídeo abaixo.

Ele foi causado por um asteroide de aproximadamente 20 metros que entrou na atmosfera em 15 de fevereiro daquele ano. A luz do meteoro foi brevemente mais brilhante que o Sol, visível a até 100 km de distância.

Cerca de 1.500 pessoas ficaram feridas com gravidade suficiente para procurar tratamento médico, mas todos os ferimentos foram devidos a efeitos indiretos e não ao meteoro em si, principalmente de vidros quebrados de janelas que explodiram quando a onda sonora de choque chegou, minutos após o flash do superbólido.

Apesar do raro caso russo visto por variados ângulos na gravação acima, em geral, os meteoros se queimam na alta atmosfera, muito acima até das altitudes de voo dos aviões, sem chegar ao solo e sem causar nenhum tipo de dano.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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