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Canadá enfurece aéreas ao retomar testes obrigatórios contra COVID-19

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, em inglês) divulgou posicionamento em que discorda enfaticamente da decisão do governo canadense de trazer de volta testes aleatórios obrigatórios de COVID-19 para viajantes aéreos. A testagem foi retomada na terça-feira (12 de julho), na contramão de outras potências globais e contrariando os pedidos dos setores de turismo e carga do país.

Pela regra estabelecida pela Agência de Saúde Pública do Canadá, órgão equivalente a ANVISA brasileira, os passageiros serão selecionados aleatoriamente na chegada ao Canadá e obrigados a fazer o teste para COVID-19. A testagem pode ser feita tanto em locais selecionados fora dos aeroportos ou por meio de uma consulta virtual com um autoteste.

Aqueles que testarem positivo serão obrigados a ficar em quarentena por 10 dias – o dobro do tempo que a maioria das províncias e governos locais recomendam que as pessoas Covid-positivas se isolem.

O Canadá havia suspendido os testes aleatórios obrigatórios para viajantes aéreos em 11 de junho. Porém, o ministro da Saúde, Jean-Yves Duclos, decidiu reintroduzir a política por temores sobre a disseminação da variante BA.5 Omicron. “O Canadá se tornou uma exceção total no gerenciamento do COVID-19 nas viagens”, criticou Peter Cerdá, diretor regional para as Américas da IATA. “Agora é a hora do governo do Canadá se juntar aos seus homólogos em todo o mundo e remover medidas desnecessárias e desatualizadas”, acrescentou.

O executivo pediu que o governo canadense seguisse o exemplo da Austrália, país que possuía algumas das mais rígidas restrições do mundo para viagens aéreas, mas que atualmente quase não possui barreiras para viajar. A IATA ainda pede ao governo canadense que abandone também as regras de vacinação para visitantes estrangeiros e até acabe com os mandatos de máscaras em aeroportos e aviões. Também há pedidos para que o Canadá pare de usar seu aplicativo móvel ArriveCAN como uma ferramenta para restrições de viagens.

O governo defendeu a política, dizendo que a decisão é “guiada pela ciência e prudência” e que os testes aleatórios ajudarão o Canadá a retardar a propagação do COVID-19.

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