Os proprietários de aviões no Canadá ficaram furiosos após o governo divulgar uma proposta para taxar suas aeronaves, que seriam consideradas “veículos de luxo”.
A proposta lançada no início do mês já recebeu várias críticas e agora está aberta a alterações, mas, caso seja aceita, entrará em vigor no dia 1º de setembro deste ano. Ela visa cobrir veículos de luxo como carros de grife, iates e jatos particulares, mas acaba sendo muito abrangente e, por isso, gerou reações diversas.
A proposta visa taxar automóveis ou aeronaves com valor superior a $100 mil dólares canadenses. Enquanto esse valor para carros parece OK, pois abrange uma categoria de luxo, para aviões não.
O avião mais fabricado do mundo, e que ensinou milhares de pilotos a voarem por ser simples e “barato” de operar, é o Cessna 172 Skyhawk. Esse símbolo da aviação geral custa hoje novo em torno de $500 mil dólares canadenses, sendo que para não ser taxado o canadense teria que procurar um Skyhawk ano 1980.
Por conta disso, uma polêmica foi criada e deve resultar em ajustes no que está sendo sugerido.
A proposta de imposto define que o valor da taxa (que ainda não está claro se será anual, recorrente ou única) será definida pelo menor valor entre 10% do valor do veículo ou 20% acima do teto (no caso $20 mil dólares).
Sendo assim, o dono de um Cessna Skyhawk, de um Porsche 911 ou de um jato Global 6000, pagariam todos $20 mil, mesmo sendo veículos totalmente distintos.
Isto gerou indiginação, e a Associação Canadense da Aviação Executiva afirmou que está atuando para que a lei não siga em frente desta maneira.
A ideia de taxar aviões, barcos e carros de luxo não é nova e nem canadense, vários países, inclusive o Brasil, têm políticos que debatem esta proposta.
