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Caos aéreo na Europa: sindicatos da Ryanair iniciam greves em cinco países

Imagem: Piotr Mitelski / Ryanair

Conforme anunciaram diversos sindicatos que agrupam os trabalhadores da Ryanair, os voos da maior companhia aérea de baixo custo da Europa serão afetados por medidas de greve a partir de amanhã, 24 de junho. Os primeiros três dias de protestos convocados na Espanha pelo Sindicato dos Trabalhadores (USO) e pelo Sindicato Independente de Tripulação de Cabine de Passageiros de Linha Aérea (SITCPLA) ocorrerão entre amanhã e 26 de junho.

As medidas vão coincidir com as chamadas de greve para a tripulação de cabine da empresa sediada na Bélgica, França, Itália e Portugal. No total, cerca de 2.700 trabalhadores deixarão as atividades por períodos de 24 horas, noticia o Aviacionline.

Na França, o sindicato SNPNC convocou uma greve para os dias 25 e 26 de junho. Na Itália, UILTRASPORTI e FILT-CGIL anunciaram medidas contundentes para 25 de junho. Por outro lado, os pilotos baseados na Bélgica confirmaram a paralisação das atividades nos dias 24 e 26 de junho.

O pleito

A situação ocorrerá num contexto de recuperação do setor aéreo, impulsionada pelo início da temporada de viagens de verão. Tanto os trabalhadores de terra como as tripulações técnicas e de cabine reclamam desde 2019 sobre melhores condições de trabalho. Agora, face à massiva programação de voos e à falta de adaptação das suas condições a este aumento de serviços, o setor considera que as melhorias solicitadas já são imprescindíveis.

Na segunda-feira passada, uma carta aberta da Federação Europeia de Trabalhadores em Transportes (ETF) alertou que “o caos que a indústria aérea enfrentará só piorará durante o verão, e que os trabalhadores estão no limite”. Embora a companhia aérea irlandesa esteja acostumada a reclamações desse tipo, a situação é agravada devido às condições atuais do mercado de trabalho aéreo. 

O rápido crescimento experimentado após o levantamento da grande maioria das restrições impostas durante a pandemia encontrou, em muitos casos, forças de trabalho reduzidas por demissões e aposentadorias voluntárias que muitas empresas implementaram como medidas para lidar com a crise. Há agora uma escassez de pessoal, tanto em terra quanto em voo, para atender à crescente demanda.

Frente ao ‘caos aéreo’ na Europa, os tripulantes da easyJet também foram convocados por seus sindicatos a iniciarem uma greve de até nove dias para o próximo mês. O motivo da paralisação é a situação em que se encontra atualmente a negociação do II Acordo Coletivo para a tripulação da empresa.

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