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Dados divulgados na última semana demonstram que 1.659 das 1.941 aeronaves com capacidade acima de 18 toneladas, que compõem a frota cargueira global, estão em operação durante a pandemia.
Os dados foram divulgados pela consultoria independente IBA no último dia 28 de maio. Segundo a análise, a aeronave de carga mais utilizada é o Boeing 757-200F, com 291 unidades em operação, seguido pelo Boeing 767-300F com 267 unidades, o Boeing 777F com 181 unidades e o Boeing 747-400F com 171 exemplares voando.
Se somarmos somente esses números, teremos 910 aeronaves Boeing dentro da frota cargueira ativa, o que representa 55% do total em operação, isso sem levar em conta a totalização de outros modelos da fabricante de Seattle, o que dá uma ideia do domínio atual da Boeing no segmento de aeronaves cargueiras.
Essa frota cargueira vem sendo reforçada por 822 aeronaves de passgeiros usadas para transportar carga, denominadas nas palavras da consultoria como “preighters” (junção das palavras passageiros + cargueiros, em inglês), que vêm sendo utilizadas por cerca de 109 empresas aéreas de todo o globo.
Entre estas, os modelos mais populares são os Boeings 777-300/300ER, com 30% dos “preighters”, e a família Boeing 787 representando outros 26% dessa frota particularmente adaptada.
A consultoria destaca a alta demanda atual, mas possui uma visão conservadora a longo prazo em relação a certos modelos de aeronaves.
O presidente da IBA, Phil Seymour, disse que a demanda por capacidade de cargueiros em tempos normais seria impulsionada apenas pelo crescimento econômico e global. No entanto, a pandemia do novo coronavírus deixou no chão muitas aeronaves de passageiros e, com elas, a capacidade de carga (porão), e isso inflou a demanda por cargueiros em um momento em que as economias do mundo inteiro estão tendo dificuldades.
A IBA acredita que essa inflação na demanda de cargueiros continuará, mesmo nas circunstâncias econômicas atuais, até que a capacidade global de carga aérea seja reequilibrada pelo retorno ao serviço de mais aeronaves de passageiros.
“A longo prazo, fatores que incluem demanda, eficiência e o aumento da disponibilidade de aeronaves mais novas para conversão, já que algumas frotas de passageiros foram armazenadas definitivamente, irão acelerar a aposentadoria de alguns dos grades nomes da frota de cargueiros de hoje, como o A300, o DC-10 e o Boeing 747 sem capacidade de carregamento pelo nariz”, acrescentou Seymour.
Olhando para além da pandemia, a IBA identificou alguns modelos de aeronaves cargueiras que ela considera serem as mais vulneráveis à aposentadoria, incluindo os Airbus A300-600F e A310-300F, o Boeing 747-400BDSF/BCF e o McDonnell Douglas MD-11F.
Dentre as menos vulneráveis, a consultoria coloca os Boeings 747-400F/ERF e 737-300F. E considera como mais seguras à permanência nos céus os Airbus A321-200P2F e vários modelos Boeing que incluem os 757-200F, 767-300F/300ERBDSF, 737-400F, 737-800SF e 777-200F.
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