Sean Ferres e sua namorada, Brooke, vivenciaram uma grande frustração ao tentarem embarcar em um voo da Virgin Australia com destino a Bali, partindo da Austrália. Na hora do check-in, a companhia aérea negou o embarque do casal devido a uma pequena mancha de café no passaporte de Brooke. O casal afirma que usou o mesmo passaporte para viajar para mais de 20 países, incluindo a Indonésia (onde fica Bali), sem enfrentar problemas anteriormente.
“A Virgin Australia decidiu que essa microscópica mancha de café no passaporte de Brooke tornava-o ‘ilegível’ e nos negou o embarque para nosso voo para Bali,” relatou Ferres em sua página do Facebook. Segundo ele, a companhia prometeu que os reprogramaria para outro voo sem custos assim que resolverem a questão do passaporte.
De acordo com a mídia dos EUA, no entanto, a realidade se mostrou muito mais complicada. Ferres afirmou que a Virgin os marcou como “não comparecentes” (o “no show”), o que piorou ainda mais a situação, levando o casal a gastar cerca de $2.000 para voar com a Jetstar, que não impôs problemas relacionados ao passaporte.
“É absolutamente inacreditável que, 25 anos após a invenção da internet – em uma época em que até um telefone de $500 possui avançados recursos de reconhecimento facial – ainda tenhamos que depender de um pedaço de papel frágil para deixar o país,” desabafou Ferres em sua postagem.
Parece que a Virgin Australia agiu tentando evitar uma multa potencial. Autoridades indonésias podem multar uma companhia aérea em até $3.290 por permitir que um passageiro viaje com um passaporte danificado, e a companhia responsável pelo transporte geralmente é considerada responsável por todos os custos associados à remoção do passageiro.
Esse incidente levanta questões sobre as políticas rigorosas das companhias aéreas em relação à documentação de viagem e a lógica por trás da tolerância quase zero em relação a pequenos danos, especialmente em um mundo cada vez mais digitalizado.