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Um casal canadense teve sua sonhada viagem de férias arruinada ao ser pego em uma verdadeira saga após voluntariamente deixar um voo da Air Canada. O casal, que economizou por três anos para viajar para Cuba, foi persuadido a desembarcar de um voo lotado em Toronto em troca de compensação e a promessa de serem levados ao destino caribenho mais tarde no mesmo dia, com uma escala em Dallas.
Inicialmente, os dois aceitaram a oferta na esperança de ganhar algum dinheiro extra durante sua viagem de nove dias, para a qual já haviam providenciado cuidados para as crianças. No entanto, após horas de espera, a Air Canada informou que o voo para Cuba, no qual eles deveriam embarcar, não estava mais disponível.
De acordo com a CBC, assim começou um calvário de três dias, durante o qual o casal foi mandado de um aeroporto a outro no Canadá. Primeiro, foram enviados a Montreal, onde supostamente embarcariam em um voo da Air Transat para Cuba.
Ao chegarem, foram informados pelo balcão de atendimento que a Air Canada não havia feito a reserva. Retornaram a Toronto, onde um novo plano foi traçado para enviá-los a Edmonton e, em seguida, para Cuba.
Com o passar do tempo e perdendo a esperança de chegar ao destino original, o casal decidiu tomar uma atitude. Optaram por comprar, por conta própria, passagens para Cancún, no México, gastando bem mais do que o previsto e precisando aumentar o tempo de férias.
Após o fiasco ocorrido em fevereiro de 2023, o casal processou a Air Canada em um tribunal de pequenas causas, que decidiu a seu favor, concedendo uma indenização de CA$ 10.000 pelo transtorno.
A Air Canada tentou, sem sucesso, justificar que já havia pago a compensação devida sob as regulamentações canadenses de proteção ao passageiro por “negação de embarque”. Além disso, a companhia aérea ofereceu $1.800 adicionais para cobrir despesas extras, como hospedagem e alimentação.
A juíza Katherine L. McLeod criticou duramente a Air Canada por submeter o casal a uma “experiência horrenda” e tratar os clientes “vergonhosamente”. Ela concluiu que o acordo extrajudicial da Air Canada não cobriu totalmente as despesas inesperadas.
A defesa da companhia alegou que algumas das dificuldades enfrentadas pelo casal foram causadas por condições climáticas adversas, mas o tribunal não encontrou evidências de que tenham tentado confirmar reservas alternativas com a Air Transat ou a American Airlines.
A juíza destacou que, embora a Air Canada utilize sistemas automáticos para remarcar passageiros, tais sistemas devem ser complementados por revisões humanas para garantir a viabilidade dos voos remarcados.