Uma investigação urgente foi aberta pelo Departamento de Segurança Interna (HSI) e a Administração de Segurança de Transportes (TSA), após um passageiro conseguir embarcar em uma aeronave portando dois estiletes. O caso ocorreu a bordo de um Airbus A320 da Frontier Airlines que realizava um voo de Cincinnati a Tampa, nos Estados Unidos, na última sexta-feira (11). Na ocasião, o passageiro supostamente ameaçou outros viajantes e também comissários de bordo.
O autor conseguiu escapar das verificações de raio-x em um posto de segurança da TSA no Aeroporto Internacional de Cincinnati e embarcar com os objetos cortantes. A ameaça foi considerada tão séria que os pilotos fizeram um pouso de emergência em Atlanta, onde a polícia local levou o homem sob custódia.
Em um comunicado divulgado no último domingo (13), a TSA disse que revisou o incidente e descobriu que os agentes não usaram totalmente a tecnologia à sua disposição, que teria identificado os estiletes dentro da bagagem de mão do passageiro, nem seguiram o protocolo quando devolveram as “lâminas visíveis” de volta ao homem após uma inspeção posterior.
O dia em questão
O passageiro do sexo masculino se aproximou do posto de controle da TSA por volta das 17h30 do dia em questão com uma passagem para o voo da Frontier Airlines. Ele mostrou sua identificação, incluindo uma carteira de motorista temporária de Ohio, e passou por uma triagem física, segundo a agência.
De acordo com a CNN, o homem então apresentou duas mochilas e colocou seus itens soltos em um recipiente para triagem adicional, analisada usando a tecnologia de tomografia computadorizada (CT) que cria uma imagem 3D e que pode ser girada 360 graus para uma análise completa.
Uma revisão posterior do incidente, que incluiu imagens de circuito fechado de televisão (CCTV), descobriu que “os recursos de imagem do CT não foram totalmente usados” e os estiletes não foram identificados pelo operador. No entanto, a bagagem do viajante foi sujeita a uma nova inspeção, durante a qual uma lâmina foi descoberta.
As “lâminas visíveis” foram removidas, mas depois devolvidas ao passageiro, descumprindo as regras vigentes. A mochila do homem contendo o segundo estilete e o restante de sua propriedade foi examinada em busca de explosivos, mas o segundo estilete não foi detectado naquele momento, disse o comunicado.
Após o incidente, os funcionários da TSA que estiveram envolvidos no caso foram colocados em treinamento. A agência disse que forneceria reforço sobre esse incidente para todos os funcionários de triagem em todo o país, que incluirá lembretes sobre o protocolo para uso de ferramentas de tecnologia e manuseio de itens proibidos.
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