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Novo CEO da Air Frace-KLM investirá metade de seu salário em ações da empresa

O novo CEO da Air France-KLM anunciou nesta segunda-feira (17) que investirá metade de seu salário fixo em ações da empresa. A decisão serve como um indicador de sua “confiança” em devolver a uma posição mais sólida o grupo aéreo que atualmente está constantemente propenso a greves.




Benjamin Smith fez o compromisso em uma mensagem de vídeo para funcionários quando assumiu oficialmente seu novo cargo como executivo-chefe da companhia aérea franco-holandesa.

Seu salário fixo é de $900 mil euros (R$ 4,3 milhões) por ano, mas sua remuneração total pode chegar a $4,25 milhões de euros (R$ 20,5 milhões) se as metas de desempenho forem atingidas.

O pacote de remuneração foi duramente criticado pelos sindicatos, já que é mais do que o triplo do pago ao antecessor francês de Smith, que desistiu em maio depois de apostar seu emprego para aceitar um acordo de pagamento que foi rejeitado em uma votação em toda a empresa.

“Eu já fiz um investimento pessoal ao me mover com minha família para a França”, diz Smith no vídeo, de acordo com uma transcrição francesa obtida pela Agence Frence-Presse. “Hoje decidi fazer outro investimento dedicando metade do meu salário fixo no capital social da Air France-KLM. É uma maneira de demonstrar minha confiança em nosso sucesso futuro”, acrescentou.

A companhia aérea tem lutado contra a forte concorrência de rivais de baixo custo, ao mesmo tempo em que enfrenta movimentos agressivos de companhias do Golfo para a Europa.

E pilotos franceses e outros trabalhadores realizaram uma série de greves caras no começo deste ano, depois que a administração rejeitou as demandas salariais, levando a perdas estimadas em 335 milhões de euros.

No início deste mês, os pilotos holandeses chegaram a um acordo sobre salários e condições de trabalho com a administração da KLM, após ameaçar abandonar os empregos.




Os sindicatos também se irritaram em trazer um estrangeiro – Smith é canadense – para dirigir uma empresa na qual o governo francês ainda detém uma participação de 14,3%. Mas o governo defendeu sua nomeação, citando uma carreira de 19 anos na Air Canada, onde liderou as negociações trabalhistas antes do lançamento de uma subsidiária de baixo custo.

O empresário de 47 anos, que era diretor de operações da Air Canada, também é reconhecido por ter transformado a companhia aérea enquanto ainda estava na esteira da crise econômica global de 2008. “Procuramos um dos melhores profissionais do mundo”, disse a ministra dos Transportes, Elisabeth Borne, na televisão francesa nesta segunda-feira.

 
Com informações do Channel NewsAsia.
 

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