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CEO da Emirates alerta os EUA sobre renegociação do acordo de Céus Abertos com os Emirados

O CEO da Emirates, Tim Clark, alertou as companhias aéreas norte-americanas American Airlines, Delta Air Lines e United Airlines a não buscarem uma renegociação do pacto de Open Skies (Céus Abertos) entre os Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos, pois tal atitude resultaria na necessidade de seguir passos semelhantes com relação a acordos dos Estados Unidos com países asiáticos e europeus.




“No caso de vocês optarem por tal ação contra nós, estarão o fazendo somente pelo que acham que fazemos, então vocês abrirão uma caixa de Pandora de dificuldades, porque efetivamente terão que mudar todas as demais relações semelhantes”, disse Clark à Reuters.

As três grandes companhias aéreas norte-americanas acusaram suas principais concorrentes do Golfo Árabe, a Emirates, a Etihad e a Qatar, de receberem montantes superiores a US$ 40 bilhões de dólares em subsídios de seus respectivos governos ao longo da última década. Tal apoio constituiria uma violação às regras de competição prescritas sob o acordo de Céus Abertos. As três companhias do Oriente Médio negaram as acusações.

“Eles precisam ser lembrados de que nós não avançamos nem mesmo 1 centímetro sobre a linha que limita o que nos é permitido fazer”, disse Clark, acrescentando que o acordo de Céus Abertos não define detalhes sobre condições de trabalho ou propriedade das aeronaves.




Ele destacou que a Emirates, apesar de ser totalmente controlada pelo governo de Dubai, anunciou seus resultados financeiros e passou, nos últimos anos, por auditorias nos mesmos moldes de companhias abertas. A Qatar Airways concordou recentemente em publicar seus demonstrativos financeiros.

Clark acrescentou que, enquanto as concorrentes norte-americanas vigiam de perto as transportadoras do Golfo, há companhias aéreas de outras partes do mundo que de fato recebem amplamente subsídios públicos significativos. Isso inclui transportadoras chinesas que, segundo a Bloomberg, receberam US$ 1,3 bilhão de ajuda em 2016.

O CEO da Emirates ainda alertou que o fim ou a renegociação do acordo de Céus Abertos deve forçar a companhia árabe a reconsiderar suas encomendas de 150 unidades dos modelos 777-8 e 777-9 da fabricante norte-americana Boeing.

 
Com informações do ch-aviation.
 

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