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CEO da TAP contrata a “personal trainer” do marido para ser diretora na companhia

Uma nova polêmica surgiu na companhia aérea de bandeira e estatal de Portugal, a TAP, agora envolvendo uma contratação feita pela CEO da empresa.

Após vir à tona o polêmico caso da compra de luxuosos carros BMW para transportar altos chefões da TAP, enquanto ela amarga prejuízos, uma nova notícia deve aumentar as tensões na empresa. Isso porque, como reporta o conhecido canal português TVI, a mais nova funcionária da empresa é a Isabel Nicolau, Diretora do Departamento de Melhoria Contínua e Sustentabilidade, com um salário mensal de €15 mil euros (R$ 77 mil).

Isabel nunca trabalhou na aviação e é engenheira civil por formação, sendo que trabalhava antes numa clínica de bem-estar, onde presta serviços relacionados à atividades físicas e saúde corporal.

O ponto maior está no fato de que a clínica pertence a seu marido e, dentre os clientes, está o marido de Christine Ourmières-Widener, a CEO da TAP, que assumiu a empresa após a sua reestatização durante a pandemia.

Inclusive, segundo a mídia portuguesa, os maridos das duas mulheres têm uma sociedade numa associação sem fins lucrativos de triátlon. Essa proximidade entre Christine e Isabel foi vista como uma espécie de privilégio pelo SPAC – Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, que representa os aviadores da TAP.

Segundo o SPAC, esta contratação “é a gota de água na saga de escândalos que envolvem a administração da TAP”. Um favorecimento para amigos da CEO estaria sendo feito, sem necessidade ou qualificação, alega a entidade, que exigiu uma solução imediata deste problema a António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal.

Até o momento, nem o governo português, assim como a CEO da TAP, mas a companhia aérea enviou a seguinte nota:

Confirma-se a contratação da Diretora de Melhoria Contínua e Sustentabilidade. Terá a cargo também as áreas de eficiência de processos e de gestão de património imobiliário, sendo Engenheira Civil de Formação com experiência na área, tendo transitado de uma empresa do setor. Substitui no cargo a anterior Diretora, que decidiu sair da Companhia, assumindo ainda um maior leque de responsabilidades.

Para esta contratação, a cargo da administradora do Pelouro, e levada a cabo pela Direção de Recursos Humanos da TAP, foram considerados outros candidatos, tendo-se optado pela que foi considerada mais adequada às funções. O valor avançado para o salário auferido não corresponde à realidade, sendo substancialmente inferior.

Confirma-se também que a CEO da TAP, que chegou a Portugal há pouco mais de um ano, conhece de facto a pessoa em questão mas não só não teve envolvimento na sua contratação, como também não seria justo que a mesma fosse desconsiderada para o lugar apenas por existir esse conhecimento. Reitera-se que foi considerada a melhor opção para o lugar.

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