Chega a 9 o total de empresas de serviços em solo certificadas na aviação do Brasil

Imagem: ABESATA

A aviação brasileira agora já conta com 9 empresas de “ground handling” (serviços de assistência em solo na aviação) certificada segundo o programa pioneiro lançado pela Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares do Transporte Aéreo).

O chamado CRES (Certificado de Regularidade das Empresas em Solo) foi concedido para mais três empresas do segmento: Tri-Star, Real Aviation e VIX. Lançado em junho do ano passado, o programa de qualidade já analisou e certificou outras seis: dnata, Orbital, Swissport, ProAir, RP e InSolo.

O objetivo do selo de qualidade é trazer benefícios para toda a cadeia aeronáutica e ajudar operadores de aeroportos e companhias aéreas na hora de contratar serviços de ground handling.

O programa de certificação é composto por uma matriz com cinco dimensões: Regulatória, Financeira, Operacional, Pessoas e ESG (meio ambiente, social e governança corporativa). A certificação é realizada por uma empresa independente, a Praxian Research Center, com sede na avenida Paulista, em São Paulo.

Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo, como limpeza de aeronaves, com foco na sua desinfecção, transporte e atendimento de passageiros, tripulantes e bagagens, check-in, manuseio de carga, canal de inspeção (security) para embarque de passageiros, entre outras modalidades.

“Acreditamos que os operadores tenham incentivos suficientes para não serem descuidados com os serviços que contratam de forma a não terem sua operação comprometida”, disse Giovano Palma, Superintendente de Infraestrutura a Aeroportuária da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Para ele, a autorregulação do setor de ground handling tem o potencial para ser um parâmetro de referência ao mercado, e que poderá ser um importante selo diferencial de qualidade para o setor.

A autorregulação, através do CRES, marca a maturidade do setor: “Há a preocupação por parte das empresas em não perderem a Certificação e isso se reverte em uma constante evolução na qualidade dos serviços prestados”, disse Ricardo Miguel, presidente da ABESATA.

As empresas que desejarem ser certificadas precisarão apresentar uma série de documentos que comprovem condições regulares de operação e uma estrutura saudável, garantindo a segurança de quem contrata, companhia aérea ou aeroporto, além de poder servir de referência para a fiscalização por parte dos órgãos governamentais.

Os critérios de análise envolvem aspectos eliminatórios e outros classificatórios, totalizando uma soma máxima de 100 pontos.

Mais informações podem ser consultadas no site oficial https://cres.abesata.org/.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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