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Cheios de lágrimas nos olhos, pilotos de Airbus A320 fazem pouso rápido em aeroporto alemão

Airbus A320 da British Airways

Na tarde da quinta-feira, 12 de outubro, um avião da British Airways enfrentou um incidente durante sua descida para o aeroporto de destino quando, tanto os membros da tripulação de voo, quanto os comissários de bordo, relataram a presença de fumaça a bordo, causando desconforto e irritação nos olhos.

A aeronave, um Airbus A320 registrado sob a matrícula G-EUUT, vinha de Londres-Heathrow, no Reino Unido, com destino à cidade de Munique, na Alemanha, quando a tripulação relatou anormalidades a bordo, conforme informa o The Aviation Herald.

Diante da situação, os profissionais relataram um odor estranho a bordo, o que causou desconforto e irritação nos olhos e lágrimas. Posteriormente, foi relatado também que a tripulação não estava se sentindo bem.

A situação exigiu uma ação rápida da equipe, que seguiu os procedimentos de verificação (checklists) e realizou o pouso com sucesso na pista 26R do aeroporto alemão. A aeronave foi encaminhada para o pátio sem novos incidentes e a causa da fumaça, bem como a saúde dos tripulantes, não foi informada até o momento.

Caso semelhante na mesma aeronave

Não é a primeira vez que esta aeronave enfrenta um problema deste tipo. Em um incidente semelhante ocorrido em junho de 2022, o cockpit foi afetado por fumaça, também relatando desconforto à tripulação de voo.

Na ocasião, conforme relatório da Agência Britânica de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB), o incidente foi causado pela presença de um odor desagradável na cabine de comando pouco antes do pouso. Os pilotos optaram por continuar o pouso sem realizar os procedimentos do Manual de Referência Rápida (QRH). Isso resultou no fato de que nenhum dos pilotos usou máscaras de oxigênio, o que teria fornecido proteção contra a inalação de fumos tóxicos.

Durante o atraso no solo, aguardando orientação para o estacionamento após o pouso, o copiloto começou a sentir náuseas e seus sintomas pioraram à medida que a aeronave estacionava. O comandante também começou a sentir tonturas durante as verificações de desligamento. Um tripulante de cabine sênior entrou na cabine e forneceu oxigênio aos pilotos.

Houve um atraso considerável antes que os paramédicos pudessem entrar na cabine, o que aumentou a exposição dos pilotos a possíveis vapores tóxicos. Apesar das verificações de gases terem resultado negativas, os sintomas do piloto foram considerados graves o suficiente para justificar uma avaliação hospitalar.

Segundo nota o relatório, houve uma série de eventos de emissão de gases na frota A320 da operadora, mas não houve uma conclusão técnica definitiva sobre a causa. A conscientização sobre esses eventos foi aumentada por campanhas conduzidas por sindicatos de pilotos e tripulantes de cabine.

A operadora não possui um protocolo formal de exame de sangue médico para a tripulação para detectar evidências de exposição a toxinas e cada caso médico é avaliado individualmente.

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