China dá forte sinal de que vai, finalmente, liberar o Boeing 737 MAX para voar

O regulador chinês (CAAC) deu um forte sinal de que vai liberar os voos do Boeing 737 MAX novamente em seu país. Há mais de dois anos, a China foi o primeiro país a proibir o modelo de operar, logo após o acidente com o jato da Ethiopian Airlines e, agora, será um dos últimos a liberá-lo. Essa sinalização, segundo a agência de notícias Reuters, veio na forma de uma comunicação ás companhas aéreas locais, dizendo que estava satisfeita com as atualizações que a Boeing fez.

Na carta, a CAAC convida as empresas aéreas a se pronunciarem sobre um rascunho de Diretriz de Aeronavegabilidade (DA) até o dia 26 de novembro. A emissão da DA é o passo final antes da liberação da aeronave em céus chineses. Outro passo importante foi registrado no mês de agosto, quando um exemplar do Boeing 737 MAX foi levado dos EUA à China, a fim de realizar demonstrações às autoridades locais.

Apesar de a China não ter a maior frota de Boeing 737 MAX do mundo, a liberação do modelo em seu mercado é de extrema importância para a fabricante. Um dos motivos é o elevado estoque de jatos prontos e pendentes de entrega às empresas da China, totalizando mais de 120. Para esses, a Boeing apenas poderá reconhecer a receita depois que forem entregues.

Fontes disseram à Reuters que a Diretriz chinesa se assemelha a outras já expedidas mundo afora, que requerem um treinamento adicional aos pilotos e um duplo sensor de alimentação do MCAS.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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