China diz não fazer ideia de quando vai liberar o Boeing 737 MAX

Enquanto empresas aéreas do mundo todo cruzam os dedos na esperança de ter o Boeing 737 MAX liberado para voar novamente, a China se mostra cética quanto ao assunto. Pelo menos é o que indica uma matéria publicada pela agência Reuters nesta quinta-feira (22).

Segundo a notícia, Feng Zhenglin, diretor da Administação de Aviação Civil da China (CAAC) disse que o país “ainda não tem uma agenda para a liberação da aeronave” e que espera que todos os princípios relacionados com a segurança operacional da aeronave estejam solucionados.

A opinião chinesa se destoa das demais agências mundo afora, como FAA, EASA e até a ANAC, que já iniciaram os testes com a aeronave modificada, embora também tenham adotado uma postura de ceticismo e não determinarem uma data específica para o retorno da aeronave. No caso da China, no entanto, nem os testes em voo foram incluídos nos planos e há mistério quanto aos procedimentos a serem adotados.

A pressão das companhias chinesas, porém, deve contar na decisão da CAAC, uma vez que a aviação da China já supostamente atingiu os patamares pré-Covid nos voos domésticos, ou seja, o principal campo de atuação do Boeing 737 MAX no país. Além disso, a nova aeronave traz economia quando comparado aos jatos da geração anterior.

Segundo nosso último levantamento, do meio desse ano, as companhias chinesas tinham 234 Boeings 737 MAX encomendados, dos quais 82 já haviam sido entregues. Veja a tabela completa abaixo.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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