China se recusa a fornecer peças de avião para as companhias aéreas russas

Foto: Boeing

A China se recusou a fornecer peças de aeronaves às companhias aéreas russas, disse Valery Kudinov, chefe do departamento de manutenção da autoridade de aviação russa (Rosaviatsia), segundo reporta a agência de notícias Reuters. A indústria chinesa se junta a Airbus, Boeing e Embraer, e muitas de suas homologadas ao redor do mundo, no corte de fornecimento à Rússia.

O fornecimento de peças em meio a sanções impediria as empresas chinesas de se relacionar com clientes da Europa e Estados Unidos. Segundo a agência russa Interfax, citada pela Reuters, o país de Vladimir Putin buscaria alternativas com Turquia e Índia.

A matéria da Reuters aponta ainda que o regulador russo disse que está registrando os aviões localmente (a maioria era registrada no exterior, em locais como as Bermudas ou Cayman) e que muitas aeronaves devem ser devolvidas aos locadores. O relato não cita a quantidade de aeronaves a serem devolvidas e levantamentos anteriores contam até 500 unidades alugadas por empresas russas de locadoras ocidentais.

Além disso, outro projeto em discussão na Rússia pode permitir que as empresas aéreas locais nacionalizem os aviões ocidentais e não os devolvam aos seus donos, numa medida drástica da crise, que pode levar a desdobramentos que impactarão o futuro da aviação russa.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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